Apuração Eleições 2024 Legislativo Judiciário Executivo

Vereadora Lunna da Silva é vítima de transfobia por presidente da Câmara de Pompéu, em MG

Normando José Duarte tratou Lunna com pronomes masculinos

Escrito por Redação ,
Vereadora Lunna da Silva
Legenda: Vereadora Lunna da Silva foi vítima de transfobia pelo presidente da Câmara de Pompéu, Normando José Duarte (PSD)
Foto: Reprodução

A vereadora de Pompéu (MG) Lunna da Silva (PSB), conhecida como Titia Chiba, foi vítima de transfobia pelo presidente da Câmara Municipal, Normando José Duarte (PSD). O parlamentar se referiu a ela com pronomes masculinos, mesmo tendo sido corrigido.

O caso ocorreu no último 23 de fevereiro, durante votação projeto de reajuste salarial dos servidores, e o vídeo do caso viralizou nesta semana. 

Lunna, vereadora de Pompéu mais votada nas eleições de 2020, estava com a palavra e foi interrompida pelo vereador. "Eu posso falar? O senhor me concede a palavra então?", disse Normando em meio à discussão do projeto.

"Não, a senhora. Primeiramente registrada como tal. Eu sou uma mulher. Eu sou uma mulher e mereço respeito, dessa casa principalmente. Se não eu chamo os direitos humanos, porque tem direitos humanos que me protegem", ressaltou Lunna.

Mesmo após ser corrigido pela vereadora, o presidente voltou a tratá-la com pronomes masculinos. "Nós estamos tratando de um projeto e o senhor está vindo com outro", disse Normando.

Repercussão

Após o caso de transfobia, o segmento LBGT Socialista do PSB emitiu nota de repúdio às falas de Normando. 

Veja também

"Repudiamos veementemente este triste episódio que atinge toda a comunidade LGBTQIA+ do estado de Minas Gerais e exigimos uma resposta à altura, com todo o rigor da lei, para que episódios como este não se repitam", diz o comunicado.

Com a repercussão do caso, a deputada federal Duda Salabert, mais votada da história de Minas Gerais, afirmou que faria denúncia ao Ministério Público.

Para o Supremo Tribunal Federal (STF), o crime de transfobia é equiparável ao de racismo, sendo inafiançável. A pena vai de um a três anos, podendo chegar a cinco em casos mais graves.

Assuntos Relacionados