Legislativo Judiciário Executivo

Sérgio Camargo é proibido de ocupar cargos públicos ou de confiança por 8 anos, decide CGU

A sanção disciplinar foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17)

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Sérgio Camargo era presidente da Fundação Palmares
Legenda: Sérgio Camargo atuou como presidente da Fundação Palmares durante o governo Bolsonaro
Foto: Reprodução/Redes sociais

O ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, não poderá ocupar cargos públicos comissionados por oito anos, conforme sanção disciplinar da Controladoria-Geral da União (CGU). Camargo praticou assédio moral "por motivos ideológicos" à época que esteve no cargo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17).

Camargo atuou no cargo durante o governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Ele foi punido com a sanção "destituição de cargo comissionado".

O político ainda não se manifestou nas redes sociais após a sanção. 

O que diz a CGU

A sanção resulta de um processo administrativo disciplinar instaurado para apurar se Sérgio Camargo praticou assédio moral durante o período em que presidiu a Fundação.

Segundo a CGU, as investigações constataram que Camargo dirigia "tratamento sem urbanidade" aos colaboradores da entidade, promovia demissões de funcionários terceirizados "por motivos ideológicos" e tentou se valer do cargo para contratar um terceirizado da Fundação.

Camargo tentou ser deputado, mas não se elegeu

Sérgio Camargo foi exonerado da Fundação Palmares em março de 2022, em uma leva de integrantes da gestão de Bolsonaro que pretendia concorrer a cargos eletivos nas eleições daquele ano. Foi o caso de Damares Alves, Tereza Cristina e Tarcísio de Freitas, então ministros de Estado.

Camargo, por outro lado, foi candidato a deputado federal de São Paulo pelo PL, mas obteve pouco mais de 13 mil votos e não se elegeu.