Legislativo Judiciário Executivo

Roberto Jefferson apresenta pedido de impeachment contra ministro Luís Roberto Barroso

De acordo com Jefferson, Barroso está exercendo atividade político-partidária e procedendo de modo incompatível com as funções

Escrito por Redação ,
Roberto Jefferson e Luís Roberto Barroso
Legenda: No documento, Jefferson argumenta que Barroso tem atuado e se manifestado contra a adoção do voto impresso no país, utilizando-se do cargo que ocupa para descredibilizar a proposta
Foto: Reprodução

O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, apresentou ao Senado Federal, nesta sexta-feira (6), um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são do portal Metrópoles.

Roberto Jefferson

De acordo com Roberto Jefferson, condenado no escândalo do mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e atualmente aliado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Luís Roberto Barroso está exercendo atividade político-partidária e procedendo de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro das suas funções.

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"O ministro ora denunciado tem atuado e se manifestado ostensiva e intensivamente contra a adoção do voto impresso no país, utilizando-se do cargo que ocupa para descredibilizar o voto impresso, que é objeto de debate no Congresso Nacional, órgão que detém a competência para tratar da temática", explica, na peça de 332 páginas.

"O denunciado tem construído publicamente uma narrativa de que o voto impresso e auditável seria um facilitador do cometimento de fraudes", complementa.

Alvo principal do presidente Bolsonaro

O ministro do STF tornou-se alvo principal dos ataques de Jair Bolsonaro durante a campanha a favor do voto impresso, com agressões pessoais e críticas diárias.

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Nesta sexta-feira (6), o chefe do Executivo nacional xingou o magistrado de "filho da p***", enquanto cumprimentava apoiadores em Joinville, em Santa Catarina.

Devido às agressões, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, cancelou uma reunião que estava marcada entre chefes dos Poderes na última quinta-feira (5). Ele criticou Jair Bolsonaro destacando que o "diálogo pressupõe respeito mútuo".

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