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Quem é Pastor Itamar Paim, deputado que assume vaga deixada por Deltan Dallagnol

Decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) ocorreu nesta quarta-feira (17)

Escrito por Redação ,
Itamar Paim
Legenda: O pastor Itamar Paim tem 46 anos
Foto: Reprodução/Redes sociais

Após a cassação do Deltan Dallagnol (Podemos-PR), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu que o pastor Itamar Paim (PL) assumirá o cargo do ex-coordenador da Operação Lava Jato na Câmara dos Deputados. A determinação foi feita nesta quarta-feira (17) depois da retotalização de votos proporcionais para a função. 

Com a recontagem realizada pelo Sistema de Gerenciamento da Totalização (SISTOT), Itamar foi o selecionado. O pastor concorreu a vaga de deputado federal pelo PL no Paraná nas eleições de 2022. 

“O primeiro colocado do partido, que teve candidatura indeferida, obteve 344.917 votos, no entanto, o imediatamente posterior teve 11.925 votos. Ou seja, não conseguiu atingir o percentual de 10% em relação ao quociente eleitoral, que na Eleição 2022 foi de 201.288 votos. Em decorrência dos dispositivos legais foi considerado eleito, portanto, Itamar Paim”.
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR)

O TRE-PR explicou que Luiz Carlos Hauly, o segundo candidato mais votado pelo partido de Deltan, não poderia assumir o cargo como deputado federal. Isso porque o político não atingiu o quociente eleitoral mínimo exigido pela legislação.

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Quem é Itamar Paim?

Itamair Paim, 46 anos, é natural de Paranaguá, cidade do Paraná. Por conta da retotalização de votos proporcionais ao cargo, ocupará a posição de deputado federal pela primeira vez. 

Ele atua como pastor na 59ª Igreja do Evangelho Quadrangular, localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC)

Além disso, durante as eleições de 2022, se candidatou para o cargo e recebeu 47 mil votos. Na época, declarou R$ 300 mil em bens para a Justiça Eleitoral.

Cassação

Na última terça-feira (16), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram cassar o registro de Dallagnol como deputado federal.

O ex-coordenador da Lava Jato cometeu uma "fraude" contra a Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do Ministério Público Federal (MPF) 11 meses antes das eleições. Ele enfrentava processos internos no MPF que poderiam ocasionar demissão — e, em consequência, a inelegibilidade das eleições.

Veja momento da decisão

"Dallagnol antecipou sua exoneração em fraude à lei. Ele se utilizou de subterfúgios para se esquivar de processos administrativos disciplinares (PADs) ou outros casos envolvendo suposta improbidade administrativa e lesão aos cofres públicos. Tudo isso porque a gravidade dos fatos poderia levá-lo à demissão", afirmou o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves.

Embora a decisão deve ser cumprida imediatamente, Deltan ainda poderá apresentar recurso ao TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas já sem o mandato.

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