Lideranças políticas internacionais repudiam invasões e ataques em Brasília neste domingo (8)
Congresso, STF e Palácio do Planalto foram invadidos por manifestantes e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
As manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, neste domingo (8), tomaram repercussão internacional. Lideranças políticas de diversos países repudiaram os atos e prestaram apoio ao atual governo brasileiro.
Pedro Sánchez, presidente da Espanha, condenou os ataques e pediu retorno imediato à normalidade democrática.
O governo dos Estados Unidos também repudiou os atos e se posicionou em solidariedade ao Brasil. Segundo O Globo, o presidente norte-americano, Joe Biden, classificou as cenas criminosas no País como um "atentado à democracia e à transferência pacífica de poder".
"Nós condenamos os ataques à Presidência do Brasil, ao Congresso e à Suprema Corte. Usar a violência para atacar as instituições democráticas é sempre inaceitável", escreveu, também, o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi outro líder estrangeiro a sair em defesa das instituições democráticas brasileiras. "A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França", afirmou.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, considerou as invasões "inaceitáveis e incompatíveis com qualquer forma de dissidência democrática. O retorno à normalidade é urgente e nos solidarizamos com as instituições brasileiras".
VEJA ABAIXO OUTROS POSICIONAMENTOS:
Gabriel Boric, presidente do Chile
"Ataque inaceitável aos três poderes do Estado brasileiro pelos bolsonaristas. O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia."
Gustavo Petro, presidente da Colômbia
"Toda minha solidariedade a Lula e ao povo do Brasil. O fascismo decide atacar. As direitas não têm conseguido manter o pacto de não-violência. É hora urgente da reunião da OEA se ela quiser seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática.
Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA)
"Condenamos o ataque às instituições em Brasília, que constitui uma ação condenável e um ataque direto à democracia. Essas ações são indesculpáveis e de natureza fascista."
REGISTROS
A maioria dos participantes do ato estava com bandeiras do Brasil e camisas da seleção brasileira de futebol. Alguns deles usavam pedaços de pau e pedras para depredar patrimônio público nas invasões.
Policiais militares ainda tentaram conter os manifestantes com spray de pimenta, mas não tiveram sucesso e os grupos conseguiram avançar, inicialmente contra a área de contenção que cercava o Congresso. Parte do grupo também invadiu o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, e o plenário do STF.
A Polícia também chegou a usar bombas de efeito moral para conter os protestantes.