Ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo critica atual gestão e diz que sigla está 'destruída'
Ele afirmou, ainda, que a legenda é "vista como linha auxiliar do bolsonarismo"
Fundador e ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo, disse, neste domingo (12), que a sigla foi "destruída" pela atual gestão. Ele se desfiliou da legenda em novembro de 2022, após afirmar que a agremiação não era mais a mesma. Desde 2020, o partido é comandado pelo catarinense Eduardo Ribeiro.
Em publicação no Twitter, Amoêdo alegou que "a legenda é vista como linha auxiliar do bolsonarismo" e que a "arrecadação não é suficiente para pagar as contas". Fundado em 2011 por um grupo de empresários, o Novo surgiu com a proposta de ser um partido independente, cujos membros, se ocupassem cargos públicos, abririam mão de regalias concedidas aos cargos que ocupassem.
"O Novo, fundado em 2011, comemoraria hoje 12 anos. Entretanto, o partido que se comprometeu a não utilizar recursos públicos, a seguir princípios, que teve 48 mil filiados, que arrecadava 3x o que gastava, que elegeu 4 vereadores em 2016 e 21 mandatários em 2018 não existe mais. Sem identidade, sem relevância e com poucos filiados, resta trazer políticos insatisfeitos com seus partidos e usar dinheiro público, obtido em gestões anteriores"
Na última semana, inclusive, o senador cearense Eduardo Girão deixou o Podemos para se filiar ao Partido Novo. A legenda anunciou a oficialização na noite da terça-feira passada (7).
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Por meio de nota, o senador agradeceu.
"Agradeço ao presidente Eduardo Ribeiro e ao Novo time para juntos com outros parlamentares, sejam do Novo ou de outros partidos, somarmos esforços pelo Brasil e pelos brasileiros", disse o parlamentar.
O Novo também tem tentado atrair políticos de direita eleitos para a legenda diante do baixo desempenho nas eleições de 2022. No último pleito, apenas três deputados federais foram reeleitos pela sigla: Adriana Ventura (Novo-SP), Gilson Marques (Novo-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Em 2018, o Novo conseguiu fazer 8 assentos na Câmara dos Deputados.
Por conta do baixo desempenho no Congresso Nacional na eleição do ano passado, o partido não deve receber verba do fundo partidário.