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Em disputa no PDT, André Figueiredo diz que relação com Cid está boa: 'meu mandato vai até dezembro'

Os dois têm protagonizado impasse a respeito do comando do PDT Ceará em meio à crise interna do partido no Estado

Escrito por Luana Barros, Igor Cavalcante ,
André Figueiredo
Legenda: Atualmente na presidência do PDT, André Figueiredo tem rivalizado com o senador Cid Gomes, que demonstrou interesse de assumir comando do partido
Foto: Kid Júnior

O deputado federal André Figueiredo (PDT) falou sobre a disputa com o senador Cid Gomes (PDT) pela presidência do partido no Ceará e disse ser "direito" de qualquer filiado "pleitear ser presidente" e que o tema será discutido "no momento adequado". 

"Agora, o meu mandato vai até dezembro e, a partir daí, a gente conversa", ressalta. Presidente do PDT no Ceará, André Figueiredo participa, na noite desta quinta-feira (22), do Encontro Regional do partido, em Fortaleza. 

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Desde maio, Cid Gomes tem falado da intenção de presidir o diretório estadual do PDT e alega representar "sentimento majoritário" dentro do partido. A declaração acabou despertando parlamentares pedetistas a se manifestar - tanto a favor da manutenção de Figueiredo como da troca no comando, passando a presidência a Cid. 

Figueiredo disse, no entanto, que a discussão deve ficar para "o momento adequado, que é no final do ano". "(Quando) nós vamos ter a renovação do diretório e, aí sim, ver quem será o próximo", disse. 

O deputado federal - que acumula a presidência da Executiva nacional do PDT e do diretório do partido no Ceará - confirmou que se reuniu mais cedo com Cid, mas não deu detalhes sobre o encontro. Ele reforçou que a relação entre os dois "está boa, tranquila, serena". 

Conforme noticiado pelo colunista Inácio Aguiar, a reunião entre os dois teria como objetivo convencer Figueiredo a passar o comando para o senador. Sem acordo, Cid aconselhou aliados a não comparecer ao encontro regional do PDT. 

Veja entrevista com Ciro Gomes na Live PontoPoder:

Saída de prefeitos e parlamentares

Parlamentares do PDT, conforme mostrado pelo Diário do Nordeste, já indicaram o risco de uma saída em massa do partido caso Cid não assuma a presidência da sigla no Ceará. 

Sobre essa possibilidade, Figueiredo afirmou que "é natural". "Agora existe uma janela partidária. Aqueles que foram eleitos pelo partido tem que saber que eles, no momento adequado, terão que estar com o partido de todo jeito. A janela para deputado só é em março de 2026", lembra. 

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Quanto a possível saída de prefeitos, ele ressalta que o partido fará "de tudo para que não saia" e ressaltou que entende que "o Governo do Estado é atraente" para os gestores municipais. 

"O Governo do estado é atraente e caso alguém queira sair do PDT, faremos de tudo para que não saia, mas é um direito. Assim como os vereadores", disse. "(Agora) eu não vi a saída de nenhum prefeito que efetivamente tenha sido eleito pelo PDT e que estivesse conosco nas eleições de 2022", completou.

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