Boulos e integrante do MBL se envolvem em confusão em SP, e PM tenta prender candidato
Pai de adolescente que integra o MBL registrou queixa por lesão corporal contra o candidato, que nega as acusações
O candidato a deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) e um militante de 15 anos do Movimento Brasil Livre (MBL), discutiram na tarde desse domingo (25), na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo. Houve uma tentativa de prisão contra o político, mas a ação foi interrompida por apoiadores do partido.
O caso foi registrado pelo pai do jovem como lesão corporal, no 4º Distrito Policial (DP), na Consolação. A investigação, no entanto, será conduzida pelo 79º DP, no Jardins.
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Imagens da ocorrência mostram o momento em que o adolescente pergunta a Boulos: "Você que defende a democracia, porque defende democracias como Cuba?". O político, porém, não responde a provocação.
Na sequência, uma pessoa diz "sai daqui". Neste momento, a câmera do celular é tapada, e o militante grita: "o que é isso?". A equipe do candidato alegou que outra pessoa desconhecida teria dado um tapa no telefone do adolescente.
À polícia, o adolescente relatou que teve o celular puxado pelo candidato e levou vários socos no rosto. Ele também acusou Boulos de estimular que os apoiadores também o agredissem.
Leftist Guilherme Boulos says Brazilian police tried to arrest him for an alleged assault on Paulista Avenue, São Paulo’s main road. It is illegal to arrest candidates for office 15 days before the election, unless they are caught red-handed. Boulos runs for a seat in congress. pic.twitter.com/2kJEKrfuny
— Mauricio Savarese (@MSavarese) September 25, 2022
O que dizem os envolvidos
Duas testemunhas deram versões diferentes sobre o caso. Um dos homens disse que viu Boulos dando um tapa no celular do menino e, em seguida, uma agressão generalizada começar. Já o outro afirmou que o candidato tentou tirar o aparelho das mãos do adolescente, e a população começou a agredi-lo.
Via redes sociais, Boulos se manifestou citando que integrantes do MBL "mandaram um rapaz, militante deles, menor de idade botar o celular, provocando, na minha cara. Gerou um empurra-empurra com a turma que tava acompanhando a gente e, não contente, foram procurar uma base da polícia militar que tava lá dizendo que eu tinha agredido o rapaz".
Ainda segundo Boulos, os policiais tentaram levá-lo à força para a delegacia, mas foram impedidos por integrantes da militância do Psol. A conduta teria gerado uma confusão, que teve o uso de gás de pimenta e violência física por parte dos agentes de segurança.