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É pela escolha dos vereadores que começa a composição das próximas eleições, diz cientista política

A professora Paula Vieira foi a entrevistada desta quinta-feira (18) na live do PontoPoder

Escrito por Igor Cavalcante , igor.cavalcante@svm.com.br
Paula Vieira é professora, pesquisadora e cientista política
Legenda: Paula Vieira é professora, pesquisadora e cientista política
Foto: Thiago Gadelha

A nova composição das câmaras municipais de vereadores de todo o Brasil, que será definida em outubro deste ano, será decisiva para as próximas eleições gerais, em 2026. A avaliação é da socióloga e cientista política Paula Vieira, pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem), da Universidade Federal do Ceará.

Ela foi a convidada desta quinta-feira (18), da live do PontoPoder. Na entrevista para a editora Jéssica Welma e para a repórter Luana Barros, Vieira comentou sobre o peso do pleito deste ano no equilíbrio de forças políticas nacionais. 

“É pelos vereadores que a gente começa não só a composição do município, mas até as eleições de 2026. É agora que se estruturam as principais forças políticas, os vereadores que vão apoiar os futuros deputados estaduais, federais, senadores, candidatos ao governo e até a Presidência. Esse nosso modelo começa, na verdade, desde os municípios, pela quantidade de prefeituras e vereadores, é assim que as eleições são pensadas”
Paula Vieira
Socióloga, pesquisadora e cientista política

Como se elege um vereador?

Na entrevista, a pesquisadora explicou a diferença entre eleições majoritárias, que ocorrem neste ano para a definição dos prefeitos, e as proporcionais, que define os novos vereadores nos municípios brasileiros.

“A gente imagina que quem tiver mais voto leva, que é como ocorre para o Executivo, uma forma mais prática da gente entender a seleção dos representantes. No caso do Legislativo, a gente tem uma outra demanda dentro da democracia representativa, que é representar o maior número de grupos existentes na sociedade. Como temos a necessidade dessa pluralidade de representação, então a dinâmica é proporcional”, explicou.

Essa distribuição é feita por meio de um cálculo, que define o quociente eleitoral. Esse índice representa a quantidade mínima de votos que cada partido ou federação precisa obter para garantir uma vaga no Legislativo. O cálculo considera o total de votos válidos e a quantidade de vagas disponíveis na câmara, por exemplo.

“Assim a gente garante o debate, a pluralidade de ideias, a dinâmica de discussões para que vários interesses possam ter a chance de serem representados nesse espaço de poder que é o Legislativo”, acrescentou.

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