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CPI da Covid aprova convocação do empresário Luciano Hang

O depoimento do proprietário da rede de lojas Havan está previsto para a próxima quarta-feira (29)

Escrito por Redação ,
Luciano Hang
Legenda: O presidente da comissão afirmou ter certeza que Hang deve “colaborar muito” com as investigações do colegiado
Foto: divulgação

A CPI da Covid aprovou, na sessão desta quinta-feira (23), a convocação do empresário Luciano Hang. O proprietário da rede de lojas Havan deve ser ouvido na próxima quarta-feira (29).  

O empreendedor é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e incentivador do chamado "tratamento precoce", composto por medicamentos sem eficácia comprovada ou contra-indicados para tratar a doença.

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O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou ter certeza que Hang deve “colaborar muito” com as investigações do colegiado.

“Ele, como um patriota, como um brasileiro que demonstra ser, e que participou ativamente nas discussões de tratamento precoce, com certeza ficará muito feliz em vir aqui na CPI para contribuir na investigação”, declarou o parlamentar.

Segundo informações do jornal Metrópoles, o nome de Hang foi alvo da CPI em diversas ocasiões. Durante apurações preliminares, os senadores identificaram uma possível atuação dele nos bastidores do Palácio do Planalto em defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da Covid-19.

O empresário ainda é apontado como um dos financiadores de uma rede de fake news sobre a pandemia do coronavírus. 

Declaração de óbito fraudada

O nome do empreendedor voltou à tona na sessão desta quarta-feira (22) da CPI, quando um dossiê, elaborado por 15 médicos, revelou que a declaração de óbito da mãe de Hang foi fraudada pela Prevent Senior.

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O relatório foi entregue à comissão e relata que Regina Hang foi um dos "inúmeros casos que não foram devidamente noticiados" pela operadora de saúde.

O documento, obtido pela Globonews, indica que a disseminação da cloroquina e de outros medicamentos resultou de acordo entre o Governo Bolsonaro e a empresa — o estudo foi um desdobramento do acordo.

A GloboNews também teve acesso a uma planilha com nomes e informações de todos os participantes da pesquisa. Nove deles morreram durante os estudos, mas só dois óbitos foram mencionados pelos autores.

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