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Bolsonaro chama de 'pedaço de papel' carta da democracia com mais de um milhão de assinaturas

Mandatário voltou a ironizar o manifesto no mesmo dia em que ele foi lido oficialmente no país

Escrito por Redação ,
bolsonaro diz que carta em defesa de democracia 'vale menos que papel higiênico'
Legenda: Presidente fez novas críticas ao manifesto nacional
Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nessa quinta-feira (11), que a carta em Defesa do Estado Democrático de Direito, assinada por mais de um milhão de pessoas, não passa de um "pedaço de papel qualquer". 

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Durante a sua live semanal nas redes sociais, o mandatário segurou um exemplar da Constituição de 1988, a qual ele considera como a "melhor carta à democracia".

"Alguém discorda que essa daqui é a melhor carta à democracia? Alguém tem dúvida? Acha que outro pedaço de papel qualquer substitui isso daqui?", questionou.

O manifesto pela democracia já havia sido chamado de "cartinha" por Bolsonaro, que sempre ironizou o documento. Para o chefe do Executivo, "assinar papel qualquer um assina", disse enquanto participava de um culto evangélico no Congresso.

'Constituição é única'

Após a transmissão no Instagram, Bolsonaro usou o Twitter para tecer novas críticas ao documento lido na "micareta do PT". Segundo ele, a carta pela democracia "vale menos que papel higiênico", porque a Constituição é a "única" importante na "garantia do estado democrático de direito".

"Das duas uma, ou a esquerda repentinamente se arrependeu de suas ameaças crônicas à nossa democracia, como os esquemas de corrupção, os ataques à propriedade privada e a promoção de atos violentos, ou trata-se de uma jogada eleitoral desesperada. O golpe tá aí, cai quem quer", escreveu o presidente. 

Adesão do manifesto

A "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), foi aberta ao público em 26 de julho e lida nessa quinta-feira (11), quando alcançou a marca de 1 milhão de assinaturas.

Assinam o documento autoridades, banqueiros, empresários, ex-presidentes, atletas e artistas. Também participam da ação outros profissionais como porteiros, enfermeiros, motoristas, policiais e até desempregados.

Além do ex-presidente Lula (PT), outros candidatos ao Palácio do Planalto nas Eleições deste ano aderiram à carta. São eles:  Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Ávila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (Unidade Popular) e José Maria Eymael (Democracia Cristã).

O documento surgiu após ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas, responsáveis pela computação dos votos.

 

 

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