O que seria do Brasil sem imigrantes?

O grande responsável por esta formidável assimilação cultural foi a imigração

Escrito por
Fábio Steinberg producaodiario@svm.com.br
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Dos 150 mil bares e restaurantes da cidade de São Paulo, 20 mil oferecem 40 tipos de culinária herdada de vários países. Isso torna a capital paulista um dos melhores destinos gastronômicos do mundo. Esta diversidade é um dos mais visíveis aspectos da nossa rica cultura, que não é só de um Estado, mas se repete por todo o país.

O grande responsável por esta formidável assimilação cultural foi a imigração. Os estrangeiros que decidiram se fixar no Brasil contribuiriam para a formação da maravilhosa amálgama que nos caracteriza. Quase sempre em difícil situação financeira, sem falar o idioma e conhecer os costumes, os recém-chegados souberam explorar as oportunidades ao encontrar solo fértil para se integrar e fazer daqui sua pátria definitiva.

O processo começou com o descobrimento em 1500 e se estendeu pelos 400 anos seguintes, recebendo principalmente portugueses e africanos, estes como escravos. A grande diversificação de nacionalidades ocorreu entre 1904 e 1930, quando mais de 2 milhões de estrangeiros imigraram para o Brasil, entre eles espanhóis, poloneses, alemães, russos, romenos, japoneses, libaneses e sírios.

Este assunto é tema do romance Travessias, que conta a história de duas famílias que desembarcam aqui em 1926. O livro retrata situações similares a qualquer imigrante – desde a saída de seu país, a viagem de navio em sofríveis condições, até a árdua adequação à nova vida. Hana, nascida de família rica em Varsóvia, destila frustração ao ver seus planos ambiciosos não se concretizarem. A filha Rivka, que chega a São Paulo pequena, registra em diário seu cotidiano e expectativas. Natan conta a vida de menino pobre em aldeia da Bessarábia, sua adaptação e progresso no Rio.

É impossível imaginar como seria o Brasil sem a contribuição dos imigrantes. A boa receptividade e convivência pacífica dão exemplo ao mundo, especialmente neste momento de intolerância de algumas nações em relação a estrangeiros que só sonham por melhores destinos.

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