Investindo na segurança psicológica das mulheres

Março, o mês que reverbera a força e a resiliência feminina, convida a refletir sobre a importância da segurança psicológica das mulheres em todas as fases da vida. Desde a infância, é crucial cultivar um ambiente que promova o bem-estar emocional, a autoestima e a confiança, pilares essenciais para o desenvolvimento saudável.

A segurança psicológica, mais do que a ausência de perigos externos, refere-se à liberdade de expressar emoções, opiniões e vulnerabilidades sem medo de julgamentos. É o alicerce para a construção de relacionamentos saudáveis, para o enfrentamento de desafios e para a conquista de sonhos. Infelizmente, a realidade de muitas mulheres é marcada por violências psicológicas, emocionais e físicas, que deixam cicatrizes profundas e silenciosas.

Um fator determinante nesse contexto é o ciclo da violência, que frequentemente aprisiona mulheres em relações abusivas e tem ciclo composto por três fases que merecem atenção: tensão, explosão e lua de mel. A violência doméstica, o assédio, a discriminação e a desigualdade de gênero são apenas alguns dos obstáculos que impedem o desenvolvimento do potencial feminino.

Em Fortaleza, iniciativas como a Associação Marta desempenham um papel fundamental no apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade. A organização oferece acolhimento, suporte psicológico e assistência jurídica, ajudando mulheres a reconstruírem suas vidas e a romperem o ciclo da violência. É fundamental que cada mulher reconheça a importância de cuidar da sua saúde mental, buscando apoio profissional quando necessário.

Investir em autoconhecimento, autoestima e autocuidado é um ato de amor próprio e um passo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A segurança psicológica das mulheres é um direito fundamental, e sua promoção é responsabilidade de todos.

Sarah Rebeca Barreto é psicóloga clínica e educadora parental