Gestão Hospitalar Pós-COVID-19: aprendizados e perspectivas futuras

Escrito por
Valéria Corriça producaodiario@svm.com.br
Valéria Corriça é fisioterapeuta
Legenda: Valéria Corriça é fisioterapeuta

A pandemia de COVID-19 representou um marco na história da saúde pública mundial, desafiando a estrutura e a gestão dos hospitais, que já vinham operando sob pressão mesmo antes do COVID-19. No Brasil, a crise expôs vulnerabilidades, mas também impulsionou mudanças significativas que trouxeram nova abordagem na administração hospitalar. Enfrentamos a escassez de insumos e a sobrecarga dos profissionais de saúde que demandaram urgência na necessidade de reorganização de processos e estruturas.

Durante a pandemia, a necessidade de tomada de decisões rápidas e eficientes evidenciou a importância da gestão baseada em dados. Indicadores hospitalares, como taxa de ocupação de leitos e quantidade de insumos, passaram a ser monitorados em tempo real. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, a adoção de painéis digitais pelos hospitais, permitiu reduzir significativamente o tempo de reação a surtos.

Outro aspecto evidenciado nesse período foi a necessidade de políticas mais humanas de gestão de pessoas, a fim de combater a sobrecarga emocional e física dos profissionais de saúde. Um levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) apontou que 68% dos profissionais relataram sintomas de esgotamento emocional durante os picos da pandemia. Um olhar mais atento na saúde, principalmente a mental, desses profissionais se tornou indispensável para manter a qualidade do cuidado.

A tecnologia se mostrou grande aliada nos processos hospitalares. Ferramentas como prontuários eletrônicos, telemedicina, inteligência artificial e automação de processos foram implementados rapidamente. A telemedicina, por exemplo, teve um crescimento de mais de 400% no Brasil entre 2020 e 2022, segundo dados do Ministério da Saúde.

É importante no entanto entender que a tecnologia não substitui o cuidado humano, ela deve ser utilizada em parceria, tornando o cuidado mais ágil, seguro e personalizado.

A pandemia deixou um legado de aprendizados que não podem ser ignorados. Uma administração mais estratégica, humana e baseada em evidências proporciona um cuidado mais eficaz e preparado para grandes eventos A má gestão em saúde, principalmente na atenção hospitalar, custam vidas e oneram os cofres públicos.

Valéria Corriça é fisioterapeuta

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