ESG e Educação: desafios da inclusão social

Escrito por
Josué Viana producaodiario@svm.com.br
Josué Viana é reitor do Centro Universitário Estácio do Ceará
Legenda: Josué Viana é reitor do Centro Universitário Estácio do Ceará

A partir do início do novo século da Era Cristã, o Século 21, o mundo intensificou as discussões sobre sustentabilidade diante de fatos históricos com impactos negativos cada vez mais recorrentes em três dimensões: ambiental, social e política.
 
Esse movimento é responsável pelo surgimento de um arcabouço de conceitos por trás da sigla ESG (environmental, social, and corporate governance – ambiental, social e governança corporativa), que orientam o estabelecimento de objetivos sustentáveis distribuídos nessas três dimensões pelas organizações.
 
Nessa perspectiva da ESG, no segmento do ensino superior, a ampliação do acesso ao ensino é um dos muitos objetivos a serem destacados pelas organizações desse setor.
 
Até o final do século 20, o acesso ao ensino superior no Brasil era um privilégio para uma pequena fração da população que tinha uma boa formação no ensino médio e que lhes habilitava a superar o filtro do vestibular.
 
O aumento progressivo da oferta de vagas no ensino superior a partir da ampliação da presença das instituições privadas nesse segmento foi o caminho escolhido pela sociedade brasileira através de seus legisladores para mudar uma realidade anterior excludente e elitista, ou seja, se tornar mais inclusiva em termos de oportunidades de acesso. Os dados atuais sobre a oferta de vagas são inquestionáveis, mais de 70% das matrículas no ensino superior são do setor privado.
 
O impacto da atuação das instituições de ensino superior privada na oferta e seus desdobramentos pode e vai indicar como o seu propósito está sendo alcançado de forma sustentável. Esses desdobramentos vão desde práticas inclusivas no processo de admissão com a redução das barreiras de entrada, quer sejam elas físicas, intelectuais ou financeiras, até processos pedagógicos de nivelamento e suporte psicopedagógico como práticas de equidade para promover a permanência e o desenvolvimento dos seus alunos.
 
Usei aqui a oferta de vagas para ilustrar uma fração do poder de evidenciação da ESG voltado para os vieses de inclusão e equidade de acesso em entidades do segmento do ensino superior.
 
Cada organização, a partir das orientações preconizadas pela ESG, deve apresentar como está contribuindo para a sua sustentabilidade e, principalmente, do ecossistema no qual está inserida.

Josué Viana é reitor do Centro Universitário Estácio do Ceará

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