Epidemias e escatologia

Escrito por Luiz Itamar Pessoa ,

Ao longo da história, o ser humano tem enfrentado diversos tipos de epidemias que trouxeram malefícios iguais às terríveis guerras, furacões e terremotos. Embora ainda existam muitas pessoas sensatas, grande parte da humanidade tem mergulhado na mais completa indiferença para os sinais dos tempos, não se dando conta dos avisos sobre os perigos por que está passando, nem recordando dos já passados, como a Peste Negra, na Europa e Ásia entre 1333 e 1351, que causou 50 milhões de mortes. Também da Cólera, conhecida desde a antiguidade, que teve sua primeira epidemia global em 1817; tempos depois, entre 1850 e 1950, da luta contra a Tuberculose, que ceifou mais de 1 bilhão de pessoas. Ainda, nos anos de 1918 e 1919, da Gripe Espanhola, que matou mais 20 milhões de pessoas em todos os continentes, tudo sem levar em conta o Tifo, Sarampo e Malária que, juntos, assolaram mais de 15 milhões de vidas.

Mais recentemente da Aids, doença surgida em 1981 nos Estados Unidos que provocou a morte de mais 12 milhões de viventes. Atualmente, o mundo enfrenta o coronavírus, surgido na cidade chinesa de Wuhan, que já infectou mais de 87 milhões de pessoas e matou cerca de 1,9 milhão em todo o mundo. No Brasil são mais de 7,8 milhões de contaminados e 200 mil mortos.

Ante este dantesco quadro, alguns adeptos da Escatologia (doutrina que analisa o destino final da espécie humana e do mundo) evocam que o Criador destruiu a Terra uma vez com água, nos dias de Noé e prenunciou outro fim do mundo, este através do fogo. 

Embora os homens não atentem para essa profecia deviam, ao menos, ter fé em Deus, rogando-lhe que as vacinas por eles feitas surtam efeitos para apagar este fogo, louvando-se no que disse o Filho do Criador: “existe fogo que não queima! É o poder de Meu Pai!” (parábola citada pelo Apóstolo André).

Luiz Itamar Pessoa
Advogado