Os perigos da automedicação

Muitas vezes as pessoas optam por automedicação para economizar com a consulta ou por comodidade, mas é de extrema importância buscar orientação médica adequada

Escrito por Raphael Cunha ,
Diretor clínico do Grupo Co e Cirurgião Vascular
Legenda: Diretor clínico do Grupo Co e Cirurgião Vascular

O surgimento de uma dor de cabeça, alteração no funcionamento do intestino ou uma irritação na garganta, leva muitas pessoas a utilizar a “farmácia” que tem em casa. A automedicação ocorre quando o paciente não é orientado por um profissional de saúde e opta por ingerir medicações baseadas em sugestões de amigos ou leituras na internet. Os números são impressionantes, pois 36% dos brasileiros se automedicam pelo menos uma vez por mês e aproximadamente 20% faz isso todo dia ou pelo menos uma vez por semana, sendo mais frequente no público feminino.

Essa prática representa um risco significativo para a saúde pública. Embora pareça conveniente, representa uma série de perigos que vão desde reações adversas graves, até o desenvolvimento de resistência bacteriana, ou seja, os antibióticos passam a ter uma eficácia menor. Muitas vezes as pessoas optam por automedicação para economizar com a consulta ou por comodidade, mas é de extrema importância buscar orientação médica adequada, caso contrário, podem acontecer reações adversas e efeitos colaterais intensos. Podemos citar como exemplo, os medicamentos de uso habitual, que mesmo assim podem causar efeitos colaterais importantes, variando de pessoa para pessoa.

Muito comum também são os pacientes descobrirem que são alérgicos após o uso de medicações, pois existem vários remédios da mesma classe que causam alergia semelhante ao ingerido. O diagnóstico pode ser atrasado devido a automedicação amenizar os efeitos da doença e fazer com que evolua para um caso mais grave. Pode acontecer também um vício na substância, gerando uma necessidade de desmame e substituição. Toda medicação tem a dose correta para cada doença, um remédio pode tratar mais de uma doença dependendo da dose. O uso da dose exagerada pode levar a intoxicação e até a morte.

Diante disso, a consulta com o médico é indispensável. Atualmente estão disponíveis clínicas populares que permitem o atendimento presencial e remoto, como é o caso da Clínica, que realiza consultas e exames a preços acessíveis. Então, fica a dica: não se exponha a riscos desnecessários e procure a ajuda de um especialista.

Jornalista e senador constituinte
Mauro Benevides
02 de Maio de 2024