Fortaleza: Futura cidade olímpica?

É hora de olhar para lições passadas e abraçar o potencial transformador das Olimpíadas

Escrito por
Luiz Carlos Thé Franco producaodiario@svm.com.br
Superintendente do SINCONPE-CE - Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará
Legenda: Superintendente do SINCONPE-CE - Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará

Com a chegada das Olimpíadas de Paris 2024, reflito sobre os impactos desencadeados por um evento como este, especialmente na construção civil. A Rio 2016 foi um grande marco para o Brasil, mas suas promessas de desenvolvimento muitas vezes foram adiadas, revelando a necessidade de um planejamento mais sólido e transparente.

As Olimpíadas não são apenas competições esportivas; representam oportunidades de transformação urbana e econômica. Contudo, o legado construtivo pode ser obscurecido por desafios logísticos, financeiros e sociais. O caso do Rio de Janeiro, com instalações subutilizadas e problemas de manutenção após os jogos de 2016, evidencia a importância de investimentos sustentáveis e planejamento meticuloso.

Já dizia a imprensa internacional: “O Brasil é especialista em fazer festa”. Mas quando o vemos sob uma ótica de planejamento e transparência nos investimentos públicos, ainda estamos muito atrasados. Dito isto, é inevitável questionar se Fortaleza, hoje a maior e mais rica cidade do nordeste, estaria preparada para um evento dessa magnitude.

Olhando para Fortaleza, surge a questão: estaria a capital cearense preparada para um evento dessa magnitude? Se considerarmos nosso histórico de obras atrasadas, como o Aquário e o Metrofor, e os desafios enfrentados na Copa do Mundo de 2014, fica clara a necessidade de melhorias.

No entanto, Fortaleza possui potencial para grandes realizações, com sua cultura rica, belezas naturais e comunidade vibrante. Com planejamento, transparência e engajamento da sociedade, podemos superar obstáculos e aproveitar os benefícios das Olimpíadas, investindo em infraestrutura urbana, transporte público e turismo sustentável.

É hora de olhar para lições passadas e abraçar o potencial transformador das Olimpíadas. Como superintendente do SINCONPE-CE, proponho este diálogo: de se trabalhar em parceria para garantir empreendimentos transparentes e eficientes, visando o bem de todos os cearenses.

Que possamos aprender com o passado, planejar para o futuro e transformar os desafios em oportunidades. O futuro de Fortaleza está em nossas mãos, e juntos podemos construir uma cidade melhor para todos.

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