Dia Mundial do Cérebro

Escrito por Saulo Teixeira ,
Saulo Teixeira é neurocirurgião e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED)
Legenda: Saulo Teixeira é neurocirurgião e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED)

Hoje se celebra o Dia Mundial do Cérebro, mais uma daquelas datas em que  se fala aos quatro cantos sobre um tema de saúde, mas que nem todos dão a devida atenção. Esse dia, especificamente, busca conscientizar a população sobre a importância de preservar a saúde cerebral ao longo da vida.

No mínimo, trata-se de uma oportunidade de refletir sobre os cuidados necessários para manter o órgão mais surpreendente e complexo do corpo humano em pleno funcionamento. O cérebro é vital e insubstituível. Qualquer doença ou condição que o afete pode resultar em deficiências significativas, impactando diretamente a qualidade de vida. São bilhões de conexões entre neurônios que nos permitem realizar uma vasta gama de atividades cotidianas, desde ler e escrever até sentir emoções e resolver problemas. Por isso, proteger o cérebro é uma meta para qualquer humano.

E não necessariamente proteger o cérebro tem a ver apenas com atendimento neurológico ou neurocirúrgico. Exames médicos regulares, por exemplo, são fundamentais para monitorar níveis de pressão arterial, glicemia, colesterol e triglicérides, fatores que influenciam diretamente a saúde cerebral. Outro ponto crucial é evitar o tabagismo. O fumo, além dos seus efeitos adversos gerais no corpo, causa danos significativos às artérias cerebrais e compromete o sistema de irrigação do cérebro, num processo chamado de ateromatose. De igual modo, moderar o consumo de álcool é essencial.

Fazer uma atividade física regular também tem um efeito positivo em diversas doenças neurológicas. Melhora a circulação sanguínea e aumenta a oxigenação do cérebro, contribuindo para sua saúde e funcionalidade.

Há ainda os eventos traumáticos, ou seja, pancadas, que podem ser prevenidas, como as estratégias para diminuir quedas no idoso, ou pelo menos ter seus danos minimizados. No Brasil, o simples ato de usar capacete ao andar de motocicleta poderia reduzir e muito os danos cerebrais em jovens.

Conciliar um sono reparador, controlar o transtorno de ansiedade e ter uma atividade produtiva mesmo na velhice já foram relacionadas em estudos robustos à manutenção de uma melhor capacidade cognitiva por mais tempo.

São medidas assim que contribuem para uma vida longa e saudável. Cuidar do cérebro (de diversas formas) é investir na qualidade de vida e no bem-estar, assegurando que possamos aproveitar cada momento ao máximo e permanecer funcionais e ativos por muitas décadas.

Saulo Teixeira é neurocirurgião e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED)

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Saulo Teixeira é neurocirurgião e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED)
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