A COP30 e sua importância
As emissões referem-se ao lançamento de gases como o dióxido de carbono (CO2) e o metano, ao qual estão associadas, entre outras causas, a queima de combustíveis fósseis e a devastação das florestas
Muitas expectativas rondam a XXX Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas deste ano, ou COP30 (de sua nomenclatura em inglês, 30th Conference of the Parties) ou, ainda, COP da Amazônia, ora em andamento, em Belém do Pará. Excetuados os terremotos, resultantes do atrito das placas tectônicas nas profundezas da Terra; e as erupções vulcânicas (oriundas das periódicas explosões do magma fervente no centro do planeta), o homem tem interferência direta e/ou indireta sobre as catástrofes que há décadas assolam sua sobrevivência. A questão do aquecimento global, derivada das emissões de carbono na atmosfera, é novamente um dos pontos-chave das discussões, assim como o desmatamento da Amazônia e das poucas florestas ainda existentes.
As emissões referem-se ao lançamento de gases como o dióxido de carbono (CO2) e o metano, ao qual estão associadas, entre outras causas, a queima de combustíveis fósseis e a devastação das florestas. Assim, de 10 até 21 de novembro, chefes de Estado e de governo, delegações de 190 países e especialistas nesses temas tão fundamentais para a humanidade estão reunidos na capital paraense, debatendo a realidade difícil que o mundo atravessa no tema ambiental e estabelecendo metas que, espera-se, possam ser concretizadas até o final desta década e das próximas. Do resultado e da efetivação de tais objetivos dependerá a sobrevivência da espécie humana hoje e a perpetuidade das futuras gerações.
A cada ano que passa, constatamos tristemente a agressividade de fenômenos que têm se intensificado em sua força destrutiva por todo o planeta. Há poucos dias, apenas para citarmos um exemplo, 90% dos imóveis da cidadezinha de Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram varridos do solo pela fúria de um tornado avassalador, que matou sete de seus habitantes. Segundo dados de 2024, a concentração de CO2 na atmosfera atingiu níveis recordes, ultrapassando os índices pré-industriais em 424 partes por milhão (ppm). A destruição florestal contribui também com a elevação dos níveis de CO2 na camada atmosférica, bem como a liberação de gases que causam o efeito estufa, para o qual igualmente concorrem atividades como a agricultura, a indústria e o crescente uso de dispositivos eletrônicos.
Todo este cenário caótico, reunido, eleva a temperatura média do planeta, sujeitando-o à ocorrência de ondas de calor mais frequentes e intensas, calamitosas tempestades e desastres naturais como os que costumeiramente assistimos, com consequências cada vez mais graves. São medidas urgentes, “para ontem”, que têm sido adiadas em tantos outros eventos promovidos pela ONU para a discussão do problema, infelizmente. As decisões constantes dos documentos finais da COP30 terão que deixar o mero plano das intenções e, sim, ser encaradas séria e responsavelmente pelas nações participantes. Não se pode estender indefinidamente a adoção dessas propostas. O mundo enfrenta uma dramática situação climática e é preciso controlá-la, antes que nada mais possa ser feito para revertê-la.