Estado fecha 19,5 mil vagas formais no quadrimestre

Nos últimos 12 meses, houve redução de 3,56% no nível de emprego do Estado, de acordo com dados do Caged

Escrito por Redação ,
Legenda: Apenas em abril, o comércio cearense eliminou 1.519 empregos formais. Já a construção civil fechou 889 postos de trabalho
Foto: FOTO: WALESKA SANTIAGO

Impulsionado pela retração econômica e pelo momento de instabilidade vivido por todo o País, o mercado de trabalho cearense vem se retraindo drasticamente ao longo de 2016. No fechamento do primeiro quadrimestre do ano, por exemplo, o Estado já eliminou 19.505 postos formais, fruto de 138.698 admissões ante 158.203 desligamentos, resultado este que representa um decréscimo de 1,63% no estoque de assalariados com carteira assinada. As informações constam na série ajustada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril, divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A situação do mercado de trabalho cearense é ainda mais preocupante no acumulado dos últimos 12 meses, período em que verificou-se o fechamento de 43.481 postos de trabalho, o que corresponde à redução de 3,56% no nível de emprego do Estado. Os dados também são da série com ajuste, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, conforme o Caged.

Somente em abril, o Ceará fechou 2.266 empregos celetistas, fruto de 33.873 admissões ante 36.139 demissões. O resultado mensal corresponde à diminuição de 0,19% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior, mas também aponta uma retração menor do que no mesmo mês do ano passado, quando 3.547 postos foram eliminados. A última vez que abril apresentou resultado positivo no Ceará foi em 2014, com 4.463 vagas geradas.

Setores

Conforme o Caged, o desempenho ruim do mercado de trabalho cearense em abril foi proveniente, principalmente, da redução do emprego nos setores do comércio (-1.519 postos) e da construção civil (-889 postos). De acordo com o levantamento, praticamente todas as atividades registraram recuo no mês, com destaque também para o setor de serviços (-1.185), indústria de transformação (-594) e agropecuária (-259 postos).

Entre as cidades com mais de 30 mil habitantes, o maior recuo foi registrado em Itarema, que admitiu 34 pessoas e demitiu 166 no mês, o que culminou em retração de 12,48% no mercado de trabalho local. Em número reais, Fortaleza foi a cidade que mais demitiu, com 21.061 desligamentos, mas também a que mais contratou (21.069), resultado este que culminou em uma variação praticamente nula.

Brasil

O Brasil, por sua vez, fechou 62.844 vagas de trabalho com carteira assinada em abril, segundo o Caged. O número é menor que o registrado em abril do ano passado, quando o País fechou 97.828 postos de trabalho.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o País perdeu 378.481 empregos formais. Nos últimos 12 meses, já foram reduzidas 1.825.609 vagas.

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