Uece e Fiocruz terão encontro em junho para aprofundar relações sobre a vacina cearense

Imunizante cearense encontra-se na fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicabilidade de testes com humanos

Escrito por Redação ,
Vacina contra a Covid-19
Legenda: A aplicação será por via intranasal, ou seja, gotinhas no nariz, e deve contar com uma segunda dose cerca de 15 dias depois
Foto: Mladen Antonov/AFP

Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) terão em junho um encontro com representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para aprofundar as relações sobre a produção da HH-120-Defenser, vacina cearense contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela instituição de ensino.

Atualmente, o imunizante cearense encontra-se na fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicabilidade de testes com humanos.

Na última segunda-feira (24), os pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular (LBBM) da Uece se reuniram com o diretor da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor, para tratar da produção do imunobiológico.

Projeto

A pesquisa finalizou a etapa pré-clínica com testes em camundongos e agora aguarda a aprovação da Anvisa para iniciar testes em humanos.

O projeto do imunizante contra Covid-19 tem sido desenvolvido pelo pesquisador, inventor e doutorando em biotecnologia na Uece, Ney de Carvalho Almeida, com a colaboração de outros 10 pesquisadores.

Ele deve ser um imunizante aplicado por via intranasal, ou seja, gotinhas no nariz, e teria que contar com uma segunda dose cerca de 15 dias depois.

“No caso da vacina que a gente está desenvolvendo, pegamos um coronavírus aviário, que acomete a bronquite infecciosa aviária. A vacina contra essa doença é feita desse vírus vivo enfraquecido, que a gente chama de atenuado. Então, pegamos esse vírus que é ‘primo’, tem semelhança com o SARS-Cov-2 e utilizamos ele como um imunizante”, detalha. 

Neutralizar o novo coronavírus

Com isso, a proposta espera utilizar um vírus que não provoca a doença em humanos para neutralizar o novo coronavírus e, a depender dos resultados, suas possíveis cepas.

Nos testes iniciais realizados em camundongos, já chegou a ser comprovada a produção de anticorpos que neutralizaram a entrada do SARS-Cov-2. 

Apesar de não possuir nenhum apoio financeiro, o projeto conta com parcerias realizadas com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e com o Laboratório LABLUZ, do Instituto da Primeira Infância (Iprede). Após aprovação da Anvisa, a Uece buscará apoio financeiro junto aos órgãos vinculados ao Governo.

 

 

 

 

 

 

 

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