Trânsito nas ruas de Fortaleza tem redução de 22%
O trânsito que já chegou a registrar redução de 64% de veículos nas ruas da capital, durante período de isolamento social, hoje registra redução de apenas 22,9% comparado a antes da pandemia.
Fortaleza registra, nesta terça-feira (1º), 22,9% de redução no fluxo veicular em ruas e avenidas da capital. Os dados são da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e revelam que, aos poucos, a população tem saído de casa, principamente para trabalhar, mas mostra também que a movimentação nas ruas da cidade ainda não está normalizada.
Nos últimos dias já foram registrados um fluxo maior de veículos em várias áreas da cidade, como na manhã desta quarta-feira (1) no cruzamento das Avenidas Pontes Vieira com Visconde do Rio Branco, no bairro Joaquim Távora. “Hoje nós temos 22,9% de redução desse fluxo veicular, que já foi a 64%, então a cidade está voltando a ter a sua normalidade, em relação aos fluxos, aos poucos, ainda não está normal”, explica o Gerente de operações da AMC, André Luis Barcelos. Ele também destaca que áreas com um perfil comercial tem sofrido mais com o aumento desse fluxo.
Apesar de ainda estar reduzido o número de veículos nas ruas, quem tem que sair todos os dias para trabalhar já sente essa mudança. Esse é o caso da professora universitária, Marta Chaves, de 55 anos, que todos os dias enfrenta o trajeto do bairro Cambeba para o Centro da cidade. “Eu notei um aumento do trânsito esses dias, principalmente depois da implantação da segunda fase de flexibilização”, pontua a professora.
Já o comerciante do ramo alimentício Antônio Oliveira, de 61 anos, que continuou trabalhando durante todo o período de isolamento social também sentiu essa mudança. “Teve dias que realmente o fluxo era muito baixo, mas foi por pouco tempo. Logo percebi o aumento do número de veículos, até mesmo longe de áreas comerciais, nem sempre tem um motivo realmente necessário para sair [de casa]”, conta.
Horário de Pico
De acordo com o gerente de operações da AMC, houve mudanças nos horários conhecidos como de “pico”, que é quando o trânsito sofre um aumento e em muitas ocasiões causa grandes engarrafamentos. Para ele, as mudanças ocorreram principalmente por causa da mudança no horário de abertura do comércio, imposta pela Fase 2 do plano de reabertura da economia. “Houve muita mudança, justamente por causa desses horários que a atividade comercial está retomando então o horário de pico foi alargado, digamos assim. Mas nós ainda vivemos um período de isolamento social, importante que se dizer isso”, frisa.
“A população tem que ter a consciência que ainda é um momento que inspira cuidados e principalmente nesse momento, a gente tem evitar que tenhamos uma retomada de surtos”, aponta André Luis Barcelos. “E a operação de trânsito, ela está na rua, para garantir a fluidez e a segurança. O grande objetivo é fazer com que essa retomada volte aos poucos e de uma forma segura também”, conclui.