Robôs apagam incêndio e desarmam artefatos

Sistemas desenvolvidos no Ceará são exibidos na Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea)

Escrito por Redação ,
Legenda: Os robôs foram produzidos por alunos da Unifor, durante TCC, em parceria com a Armtec Tecnologia em Robótica
Foto: FOTO: Érika Fonseca

Começou ontem e segue até a amanhã (18), a 72° edição da Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (Soea). No evento, que volta à capital cearense após 19 anos, os destaques são o Sistema de Apoio ao Combate de Incidentes (Saci) e o Carro Automatizado Instrumentado para Perícia, Observação, Resgate e Ataque (Caipora).

As tecnologias foram criadas por estudantes da Universidade de Fortaleza (Unifor), durante um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em parceria com a Armtec Tecnologia em Robótica.

O Saci, que já está na quarta geração, é um robô "bombeiro", podendo lançar jatos de água ou espuma a uma vazão de até 4.200 litros por minuto.

Já o Caipora possui um braço para desativação de artefatos explosivos robótico que pode levantar cargas de dez quilos a um metro de distância.

Os robôs podem chegar a uma velocidade de dois quilômetros por hora e, além de subir escadas, podem rebocar um veículo de até duas toneladas em ponto morto em terreno plano.

Para o professor Roberto Macêdo, esses projetos são muito importantes não só para os alunos da Unifor, mas também para o País. "Eles são todos feitos no Brasil, com peças nacionais. Isso faz com que eles, além de gerar empregos no País, tenham um melhor preço", afirma.

As gerações anteriores do Saci receberam diversos prêmios nacionais. Já a tecnologia Caipora é a primeira e, atualmente, a única reconhecida como Produto Estratégico de Defesa em Plataformas Terrestres Telecomandados no País.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE), Victor Frota, dos 21 trabalhos premiados no evento, três são da Capital.

André Ponte, aluno do 9° semestre do curso da Unifor de Engenharia de Controle e Automação, explica que a experiência de fazer robôs é desafiadora e que todos aprendem com os erros e melhoram.

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