Reinício das aulas da rede estadual do Ceará terá exigência de cartão de vacinação

Será obrigatório apresentação do cartão de vacinação nas aulas na rede estadual, que iniciam em 31 de janeiro, de forma presencial. Na rede municipal de Fortaleza, assim como em 2021, as aulas começam em fevereiro, mas em sistema de rodízio.

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Reinício das aulas nas redes públicas deve acontecer com cartão de vacinação atualizado e obediência aos protocolos sanitários
Foto: Thiago Gadelha

O ano letivo da Rede Estadual de Ensino, responsável direta pela oferta do Ensino Médio, tem início previsto para 31 de janeiro e será presencial. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), as orientações para o retorno presencial são discutidas e determinadas pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia. Haverá exigência do comprovante de vacinação contra Covid-19 do estudante com idade igual ou superior a 12 anos, mas a ausência não impedirá a matrícula - um prazo de 30 dias será dado para regularização.

Até segunda ordem, conforme atualização sanitária em relação à Covid, as aulas da rede municipal da Capital deverão ter início no dia 1º de fevereiro, uma terça-feira. A Secretaria Municipal da Educação (SME) diz aguardar as devidas orientações das autoridades sanitárias, mas que já se prepara para o início das aulas nos moldes da retomada em outubro de 2021. Será solicitada a carteira de vacinação atualizada de cada estudante para a realização de matrícula e rematrícula.

Em Nota, a SME afirmou que a ausência do documento atualizado não impedirá a matrícula, mas será dado um prazo de 30 dias para regularização, “sob pena de comunicação imediata, por parte das instituições de ensino, ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público, por meio das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude”, diz a Secretaria.

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A Pasta já fez uma estimativa de quantos alunos espera que estejam vacinados. “A partir do mapeamento realizado pela Rede de Ensino, já foram cadastrados 99% dos 73.428 dos estudantes matriculados, na faixa etária de 12 a 17 anos. Deste total, 91% dos alunos já receberam a primeira dose da vacina.

Para viabilizar o acesso destes estudantes, no mês de novembro, a SME iniciou uma ação estratégica de transporte para levá-los aos postos de saúde da Capital. É importante destacar que as estratégias continuam para que 100% dos estudantes recebam a vacina”, enfatiza a nota da Secretaria Municipal de Educação (SME).

A diarista Clésia Leitão aguarda o reinício das aulas para sua filha Estéfani, de nove anos, porque não quer que ela se atrase ainda mais nos estudos. “Se dentro da escola é difícil aprender, imagina em casa. Eu não sei como os professores vão fazer, porque 2021 foi um ano que ela não rendeu muita coisa não”.

Protocolos sanitários

Faltam, praticamente, três semanas até as aulas nas redes públicas municipal e estadual, mas profissionais de saúde reiteram a importância da medição de casos de Covid, bem como influenza, para uma real definição de se vale a pena a retomada no período previsto.

“Ficar indo e voltando será um desgaste muito grande para a comunidade escolar, então somente com o cumprimento de protocolos, mas especialmente com a estabilidade de casos da nova variante ômicron será possível dizer que a retomada será gradual e permanente. Até lá será importante prudência, e que os pais cobrem de seus filhos essa disciplina da etiqueta sanitária”.
Ricardo Sampaio.
Epidemiologista

Professora da Rede Estadual de Ensino em Jaguaribe, Águeda Nogueira aguarda com ansiedade o reinício das aulas, mas ainda não está confiante de que não haverá mudança no calendário “tendo em vista o aumento dos casos de Covid. Acho difícil uma retomada presencial se estivermos vivendo uma terceira onda”, afirma a educadora, mas conta com o apoio dos pais na disciplina para as regras sanitárias.

“Toda educação se começa de casa, e mais do que nunca precisamos que os pais preparem os filhos para se protegerem e aos outros quando as aulas presenciais forem retomadas”.

 
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