População pode reportar focos do aedes aegypti por aplicativo e outros canais
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem investido em canais para que fortalezenses ajudem a impedir a disseminação das arboviroses
Com a chegada da quadra chuvosa, aumenta a preocupação com a disseminação das arboviroses, como a dengue, chikungunya e zika. Para conter a quantidade de focos do Aedes aegypti, os profissionais da vigilância ambiental têm intensificado os esforços apurando denúncias que chegam pelos canais da Prefeitura de Fortaleza, como a Central 156 e o aplicativo “Xô, Mosquito”. Somente de janeiro a abril deste ano, já foram feitas 797 reclamações, das quais 728 já foram atendidas pelos agentes de endemias.
O gerente da Célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos, Atualpa Soares, diz que a contribuição da população é essencial para o controle das arboviroses. “O denunciante pode ligar para o número gratuito 156, para a Ouvidoria da Prefeitura e para a Secretaria de Saúde. Todas essas instituições também têm e-mails, que estão disponíveis para receber essas informações. Além disso, existe o aplicativo ‘Xô, Mosquito’, que, além de servir para fazer denúncias, tem várias informações importantes para a prevenção da dengue, chikungunya e zika. Todas as queixas recebidas são apuradas com a mesma atenção e importância”, ressalta.
O caminho da denúncia
Depois que as denúncias são compiladas pelos órgãos, elas seguem para a Célula de Vigilância Ambiental. Um profissional é encaminhado ao local para averiguação e, dependendo da situação, poderá orientar sobre cuidados a serem tomados pelos proprietários; aplicar inseticidas nos pontos que identificar como propícios para focos do mosquito; ou pode autuar o proprietário que já for reincidente na falta de cuidados contra a proliferação de arboviroses”, pontua Soares.
O servidor da Prefeitura de Fortaleza afirma que, apesar da epidemia da Covid-19, a população não pode se descuidar das arboviroses. Cerca de 930 agentes de endemias estão trabalhando em toda a Capital para evitar que as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti se espalhem. “Os agentes circulam muito nas áreas em que trabalham e as pessoas acabam criando uma relação a ponto de chamá-los para denunciar algo e até para olhar se a própria casa está em conformidade com as medidas de prevenção”, explica.
O trabalho dos agentes, que era feito com visitas domiciliares, precisou ser readequado com o avanço da pandemia, no ano de 2020, mas Soares ressalta que a fiscalização continua a ser feita com rigor. “Seguimos as normas de segurança do Ministério da Saúde e, logicamente, não podemos entrar em todos os domicílios, mas estamos investindo em comunicação, canais de denúncia e conscientização da população. Nosso trabalho em praças, escolas, cemitérios, ferros-velhos, imóveis abandonados - que são pontos estratégicos de incidência de focos - também continua sendo realizado. Temos refeito as estratégias para cumprir as nossas visitas”, pontua.