Manifestação em defesa de Mari Ferrer reúne centenas de pessoas na Praia de Iracema

As participantes levantaram cartazes com frases como “Estupro culposo não existe” e “Mexeu com uma, mexeu com todas”

Escrito por Redação ,
#JustiçaPorMariFerrer
Legenda: O ato aconteceu também em outros estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraíba
Foto: Marina Alves

Uma manifestação em defesa da influenciadora digital, Mariana Ferrer, de 23 anos, reuniu centenas de pessoas na Praia de Iracema, em Fortaleza, na tarde deste domingo (8). O público, composto principalmente por mulheres — inclusive com participação de coletivos feministas — pediu justiça ao discordar do resultado do processo de estupro de vulnerável que a jovem moveu contra o empresário André de Camargo Aranha.

O crime aconteceu em 2018, quando Mariana tinha 21 anos e trabalhava como promoter em uma boate. Em novembro de 2020, o empresário foi absolvido da acusação e a decisão polemizou, especialmente na internet, em um caso que ficou famoso com o termo “estupro culposo” — quando não há intenção de estuprar.

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As pessoas que protestaram em Fortaleza utilizaram a voz e cartazes com frases de efeito, como “ESTUPRO CULPOSO NÃO EXISTE” e “MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS”. As manifestantes aproveitaram ainda para abordar pessoas que caminhavam pelo calçadão na orla da praia e explicar assuntos como os direitos das mulheres.

O movimento #JustiçaPorMariFerrer tem abrangência nacional e foi organizado em outros estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraíba.

Movimento nacional

Os atos foram organizados nas redes sociais, uma das páginas "Na rua por Mariana Ferrer", que reuniu mais de 30 mil seguidores, informava neste domingo que estavam marcados protestos em mais de 50 cidades.

As manifestações, feitas em sua maioria por mulheres, pediam à Justiça açõesa para a jovem, mas também ações de enfrentamento à violência contra a mulher e contra o machismo. Entre as participantes, muitas carregavam cartazes ou vestiam camisetas que diziam "lute como uma mulher", "nada justifica um estupro".

*Com informações da agência Folhapress

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