Leitos e fiação elétrica são retirados do Hospital de Campanha do PV, em Fortaleza

Unidade de saúde emergencial para casos Covid-19 começa a ser desmontada na manhã desta segunda-feira (21). Parte da rede elétrica já foi retirada

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Equipe remove estrutura do PV
Legenda: Operação começou na manhã desta segunda-feira (21)
Foto: José Leomar

A estrutura elétrica, bem como parte dos leitos do Hospital Emergencial de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas (PV), em Fortaleza, já começaram a ser removidas. Um dos primeiros destinados para pacientes com o novo coronavírus (Sars-Cov-2), o local estava sem receber pacientes há mais de 50 dias. A equipe do Sistema Verdes Mares acompanhou a desativação da unidade. O esqueleto dos leitos, formado pelas lonas e por estrutura metálica, não estão mais no local. Parte da rede elétrica, como fiação e aparelhos para ventilação, já foi retirada do local. Por isso, o centro está sem energia. 

 

O fechamento do Hospital foi anunciado no último sábado (19). A unidade concentra os últimos leitos temporários para Covid-19. A rede municipal de saúde chegou a te 791 leitos destinados à doença. Agora, são 50 pontos de acolhimento na Capital: 20 no Instituto Doutor José Frota (IJF) II e 30 no Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann, conhecido como Hospital da Mulher de Fortaleza. 

Entre os motivos para a desativação está o comportamento da doença no município, aponta a secretária de Saúde de Fortaleza, Joana Maciel. Segundo a titular da SMS, a Capital está “há oito semanas com níveis estáveis”. 

“A gente vem acompanhando indicadores da forma como a comunidade científica internacional orienta. Nós entendemos que o PV já cumpriu o seu papel. Estamos aqui na cidade de Fortaleza em um cenário de bastante estabilidade com relação aos números da Covid-19, tanto no que diz respeito aos casos e óbitos, quanto aos dados assistenciais”, indica.

A reportagem perguntou à SMS o destino dos aparelhos médicos no PV. Em nota, a SMS informou que "os equipamentos utilizados neste hospital (...) estão sendo distribuídos entre as unidades de saúde da rede municipal".

Cuidados

A baixa procura por leitos, avalia Maciel, também é outro sinal de melhora dos indicadores. “A necessidade de leitos vem se tornando cada vez menor. Nas nossas seis UPAs municipais, nós ampliamos 170 leitos. Tínhamos 96 e construímos mais 170. Todas já foram desativados, felizmente” comemora. A Capital tem em sua rede de saúde 12 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Destas, seis são gerenciadas pelo município e as outras seis são de responsabilidade Estadual. 

Erguido em menos de um mês, o hospital foi inaugurado em 18 de abril, data em que recebeu os primeiros pacientes com coronavírus. Foram 1.239 pacientes infectados recebidos no centro ao longo da pandemia, com 1.025 recuperados apenas no Hospital. Nos quatro meses de atuação, a unidade emergencial registrou 140 óbitos em decorrência da doença.

Mesmo com a melhora na Capital, a população deve continuar seguindo as recomendações dos órgãos de saúde. “A pandemia não acabou, apenas estamos em situação de estabilidade. Ainda tem casos, ainda existe circulação viral. Então é muito importante a gente usar máscaras, manter o distanciamento, higienizar bem as mãos, proteger as pessoas de grupo de risco”, reforça Maciel. 

Mortes por Covid-19 em Fortaleza

Repaginado

O gramado do PV, coberto com concreto para suportar a estrutura médica, será reformado, de acordo com a Prefeitura de Fortaleza. Segundo informado pela administração ao Sistema Verdes Mares, o polo receberá um novo campo e sistema de drenagem com "padrão de Copa do Mundo" para ser entregue definitivamente à prática esportiva e aos jogos de futebol profissional.

Segundo a Prefeitura, a expectativa é que o processo de reconstrução seja organizado pela Secretaria de Infraestrutura. A licitação para a obra deve ser encaminhada à Central de Licitações da Prefeitura de Fortaleza (CLFOR) até o fim de setembro. Os trâmites licitatórios, caso não haja recurso, deve ser concluído em cerca de dois meses, quando as obras serão iniciadas. A execução dos serviços estão estimados, em avaliação conservadora, está previsto para durar entre cinco e seis meses.

Legenda: Hospital de Campanha do PV começa a ser desmontado após 50 dias sem receber pacientes
Foto: José Leomar
Legenda: Hospital de Campanha do PV começa a ser desmontado após 50 dias sem receber pacientes
Foto: José Leomar
Legenda: Hospital de Campanha do PV começa a ser desmontado após 50 dias sem receber pacientes
Foto: José Leomar
Legenda: Hospital de Campanha do PV começa a ser desmontado após 50 dias sem receber pacientes
Foto: José Leomar
Legenda: Hospital de Campanha do PV começa a ser desmontado após 50 dias sem receber pacientes
Foto: José Leomar

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