Índices de óbitos por Covid-19 em Fortaleza e no interior mantêm queda, diz Sesa
O boletim epidemiológico confirma dados já divulgados em coletiva da Secretaria da Saúde, nesta quinta, quando o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, negou veementemente o aumento de casos e mortes no Ceará
Em novo boletim epidemiológico, divulgado nesta quinta-feira (10), a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) mostra que há uma tendência de queda nos casos e óbitos por Covid-19 na Capital e no Interior entre o início de agosto e o início deste mês. O boletim leva em conta dados coletados até o último dia 5 de setembro, correspondente à Semana Epidemiológica (SE) 36.
Entre os dias 2 e 15 de agosto, (SEs 32 e 33) e os dias 16 e 29 e agosto (SEs 34 e 35), a Área Descentralizada de Saúde (ADS) de Fortaleza teve uma redução de – 21,3% nos casos da doença. Com relação aos óbitos, no primeiro período de agosto, o boletim mostra 47 óbitos na ADS de Fortaleza, enquanto o segundo período registra 32. É uma redução de – 31,9%.
Essas ADS são divisões definidas pelo Governo do Estado do Ceará com municípios pólos para reunir as informações sobre a pandemia do coronavírus e descentralizar o foco da Capital.
Em Caucaia e Maracanaú também foram registradas reduções entre as SEs 32 e 33 e as SEs 34 e 35. As mortes na ADS de Caucaia reduziram - 25%, e os casos - 21,2%. Na ADS de Maracanaú, as reduções de mortes e casos foram – 42,9% e – 41,9%, respectivamente.
Interior
O Estado tem 179 (97,3%) municípios com confirmação de óbitos por Covid-19, sem acréscimo relativamente ao último boletim semanal da Sesa.
Na ADS de Camocim houve redução de - 100% nos óbitos, saindo de 4 para 0 mortes. Os casos naquela região reduziram – 30,1%, passando de 146 para 102.
Outras regiões do interior como Tauá (64,8%), Canindé (41,4%), Aracati (41,0%), Iguatu (16,3%), Crateús (8,2%) e Limoeiro do Norte (0,7%) apresentaram incremento de casos confirmados entre as SE 32/33 e34/35.
No entanto, as mesmas ADS registraram redução de mortes:
- Tauá reduziu de 5 para 1 óbito (- 80,0%)
- Canindé reduziu de 10 para 7 óbitos (-30,0%)
- Aracati reduziu de 6 para 2 óbitos (-66,7%)
- Iguatu reduziu de 23 para 11 óbitos (-52,2%)
- Crateús reduziu de 13 para 9 óbitos (-30,8%)
- Limoeiro do Norte reduziu de 19 para 9 óbitos (-52,6%)
As mortes continuam atingindo, principalmente, pessoas com mais de 60 anos no Estado, representando 77,6% dos óbitos. Pessoas do sexo masculino (57,9%) também estão entre os mais atingidos.
Das vítimas da doença, 6.150 (71,6%) apresentavam doenças crônicas pré-existentes, 11 (0,13%) estavam gestantes e 16 (0,19%) puérperas, mostra o boletim.
A média de dias entre a data de início de sintomas e a data de internação dos pacientes que foram a óbito foi de 7,2 dias.
Já quanto à evolução da doença, considerando os dias decorridos entre a data de início de sintomas e a data do óbito, foi em média de 16,2 dias.
Até 5 de setembro, 436 (5,1%) pessoas morreram por Covid-19 no domicílio.
Interpretação dos dados
Ainda nesta quinta, o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, e a secretária-executiva de Vigilância e Regulação do Ceará, Magda Almeida, apresentaram os dados mais recentes da pandemia no Ceará, em coletiva de imprensa, e negaram veementemente o aumento de casos e mortes.
Uma alta de 19% havia sido divulgada pela imprensa do país nesta quarta-feira (9), com base em um balanço do Consórcio dos Veículos de Imprensa do Brasil, que se baseia em dados das Pastas estaduais.
“Em nenhuma região do Ceará há acréscimo do número de casos nem de óbitos, mesmo com o aumento da testagem, com cerca de 13 mil exames por dia”, pontuou o gestor.
Segundo Cabeto, a metodologia utilizada pelo consórcio não reflete o cenário atual, uma vez que considera o número de óbitos pelo dia do resultado do exame, e não pela ocorrência.