Fortaleza registra 36 escolas particulares com casos suspeitos e confirmados da Covid-19

Nenhuma escola foi interditada pela Vigilância Sanitária do Estado, conforme a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)

Escrito por Redação ,
Legenda: Número de escolas com casos suspeitos ou confirmados chega a 36
Foto: Camila Lima

Próximo de completar três meses desde o retorno gradual das aulas, marcado pela presença inicial do ensino infantil, Fortaleza registra 36 escolas particulares com notificação de casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Apesar da notificação dos casos, a Vigilância Sanitária do Estado não precisou interditar nenhuma escola.

A Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Sesa é responsável por acompanhar as instituições de ensino considerando o protocolo de retomada das atividades escolares. Em casos suspeitos ou confirmados de coronavírus em professores, estudantes ou outros profissionais da escola, a instituição deve entrar em contato com a Vigilância em Saúde do Município.

“Dentro do cronograma de inspeção da Vigilância Sanitária, são realizadas vistorias para verificar o cumprimento das medidas de prevenção e controle da Covid-19. Esse acompanhamento vem sendo realizado de acordo com as determinações dos decretos de liberação das atividades”, aponta a Sesa, em nota. 

Casos

O Ceará tem 292.663 casos confirmados de Covid-19 e 9.492 mortes causadas pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com dados da plataforma IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), atualizados às 20h08 de domingo (22). A taxa de mortalidade local da infecção, calculada a partir da proporção entre os índices de casos e óbitos, está em 3,2%. 

Em relação aos testes, o Estado concentra um total de mais de 1 milhão de testes realizados da Covid-19, apresentando média de 1.690 nos últimos sete dias, segundo o IntegraSUS. Até o momento, a maior quantidade realizada foi de testes rápidos, com aproximadamente 551 mil, seguido pelo RT- PCR, que contabiliza quase 396 mil aplicações. 

Retomada

As primeiras aulas foram liberadas ainda no começo de setembro com foco na educação infantil. Após quase 2 meses, o ensino infantil teve ampliação do limite de 35% para 50%. As turmas de 1º, 2º e 9º, do ensino fundamental, e do 3º do ensino médio, liberadas desde o dia 1º de outubro, tiveram capacidade ampliada de 35% para 50% ao final de outubro. Já a educação infantil foi ampliada de 50% para 75% do limite de alunos.

Escolas com alunos de cursos profissionalizantes e/ou preparatórios para o ensino superior tiveram autorização para funcionar com 35% da capacidade, assim como as turmas do 3º ao 8º do ensino fundamental no início de novembro.

Em setembro, a Sesa divulgou um protocolo, no qual as escolas eram orientadas a seguir um guia detalhado sobre como deveria ser realizada a retomada gradual das atividades escolares no Estado.

O que não é permitido

  • Permitir que os alunos lanchem ou almocem em locais não indicados para isso;
     
  • Permitir que qualquer pessoa, aluno, profissional, fornecedor, terceirizados ou visitantes, esteja sem o uso devido de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
     
  • Induzir o contato entre alunos ou o compartilhamento de materiais de uso pessoal;
     
  • Controlar o acesso à escola com equipamentos que exijam contato manual dos colaboradores e alunos, como controle biométrico, assinatura de ponto e digitação de senhas;
     
  • Deixar que alunos se aglomerem em áreas comuns, principalmente alunos de turmas diferentes;
     
  • Fazer com que os alunos troquem de sala de aula durante o turno escolar, exceto nos casos de aulas práticas laboratoriais, de educação física ou outras que necessitem de ambiente adequado fora da sala de aula habitual;
     
  • Deixar abertos espaços dedicados às atividades lúdicas

Permitido

  • Adaptar horários de entrada e saída das aulas presenciais para evitar aglomerações;

  • Reorganizar turmas para garantir que os alunos possam ser acomodados com distância igual ou superior a 1,5 metro entre si;

  • Estimular a medição de temperatura corporal dos estudantes pelos pais ou responsáveis antes de saírem de casa;

  • Medir a temperatura de todas as pessoas que chegarem à instituição e proibir a entrada daquelas que apresentarem 37,5°C ou mais;

  • Estimular a higienização de bolsas e objetos com solução desinfetante;

  • Criar um sistema de desinfecção para que as pessoas atravessem na entrada da escola;

  • Encorajar alunos a irem para a instituição de ensino separadamente ou apenas com responsáveis ou familiares que morem na mesma casa;

  • Adicionar barreiras físicas, como telas flexíveis de plástico, ou intercalar a utilização dos espaços, como as pias dos banheiros, quando as estruturas não permitem distanciamento mínimo de 1,5 metro de distância;

  • Fechar espaços de uso comum não necessários para a realização das aulas, sempre que possível.

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