Documentos e objetos históricos são removidos do Tribunal de Justiça do Ceará após incêndio
Peças estão sendo levadas para o auditório da Corregedoria-Geral da Justiça, também no Cambeba
Objetos históricos do Memorial do Poder Judiciário cearense começaram a ser retirados do prédio do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), nesta terça-feira (7), um dia após o incêndio que consumiu parte das instalações. O objetivo da ação é preservá-los da alta temperatura e da fuligem.
Segundo o TJCE, documentos e peças retirados estão sendo levados para o auditório da Corregedoria-Geral da Justiça, também no Cambeba.
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Uma das principais peças salvas do acervo é o manuscrito original do projeto do Código Civil brasileiro, de 1916, de autoria do jurista cearense Clóvis Beviláqua.
"O acervo do Memorial do Judiciário tem valor imensurável à preservação da história da Justiça cearense e, por isso, com toda segurança e supervisão do Corpo de Bombeiros, os trabalhos continuarão até que todos os objetos sejam retirados", considera o Tribunal.
Incêndio no TJCE
O incêndio atingiu o prédio do TJCE na madrugada de segunda-feira e já foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. A corporação informou que as chamas começaram pelo almoxarifado, que possui materiais com maior potencial inflamável, e atingiram três andares das instalações, onde funciona a área administrativa.
A Perícia Forense ficou a cargo de encontrar a causa do sinistro.
O TJCE reforçou que não há processos físicos no local atingido e não haverá prejuízo aos trâmites judiciais. "Em virtude de investimentos em tecnologia na justiça cearense, praticamente 100% dos processos estão digitalizados e preservados", garante.
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Com o prédio interditado por risco de desabamento, a presidência do órgão será transferida temporariamente para o Fórum Clóvis Beviláqua, no bairro Edson Queiroz. A mudança ocorre a partir desta quarta (8).