Ceará e Fortaleza buscam melhorar suas campanhas e estarem no G-10 da competição, que começa nesta G-4
A bola vai rolar na Série A do Campeonato Brasileiro, agora 2020-2021. O principal torneio nacional tem início sábado (8), com previsão de encerramento dia 24 de fevereiro. Ajuste necessário para compreender a realidade pós-pandemia de Covid-19. Assolado pela doença mortal, o país acompanhará um futebol sem torcida e repleto de protocolos de segurança.
Com os riscos medidos, o começo das disputas foi adiado repetidas vezes para encontrar coesão. Junto do impacto financeiro e das discussões sobre direitos de transmissão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou pela retomada da competição com aval coletivo.
O fato: serão 38 rodadas, 20 clubes, viagens monitoradas pelos governos estaduais, testes diagnósticos periódicos, maratona de partidas sem pausa e todos contra a hegemonia do Flamengo.
Além da taça, os participantes concorrem por quatro vagas na Libertadores, duas na pré-Libertadores, e seis na Copa Sul-Americana. Ambas podem aumentar no decorrer da temporada, com os resultados dos eventos vigentes. O que não muda são os quatro rebaixados, modelo padrão.
Briga pelo título
Na reunião dos elementos, o Flamengo surge como favorito. E o último ano explica o momento, com títulos da Série A e Libertadores. O plantel de Gabigol foi mantido e ganhou reforços, como os atacantes Pedro e Michael. Cabe superar a saída de Jorge Jesus, técnico português que se transferiu ao Benfica-POR, e aguardar o recém-chegado Domenéc Torrent.
Os concorrentes se somam aos montes, sem o entrosamento de um trabalho consolidado. Obrigação que pressiona o Palmeiras, dono de um dos elencos mais fortes, Vanderlei Luxemburgo no comando, e duas taças erguidas nos quatro anos anteriores.
Mais distante, com força no mercado de transferência, o Atlético/MG de Jorge Sampaoli. O argentino assinou com o Galo e trouxe uma lista de reforços para renovar o plantel mineiro, com nomes fortes como o atacante Keno, ex-Palmeiras.
Diante de um cenário de tantos participantes, limitar-se ao trio é um erro, apesar da baixa probabilidade de mudança. Assim, não é possível descartar a força de Grêmio, Internacional, São Paulo e Athletico/PR. Independente do futebol de momento, possuem peças para brigar, nem que seja por vaga na Libertadores.
Momento de provação
Os demais espaços da tabela são sazonais. Há quem esteja contente com vaga na Copa Sul-Americana, o caso do trio nordestino formado por Bahia, Ceará e Fortaleza. Outros tratam o G-10 como aceitável dentro do projeto, como Corinthians, Santos e RB Bragantino.
No entanto, o pensamento conjunto é de cuidado para o grupo, incluindo os cariocas Botafogo, Fluminense e Vasco. Na 1ª divisão, um movimento foi iniciado em 2019 com fenômenos paralelos ao elevado grau de competitividade do torneio. Um exemplo célebre é o Cruzeiro, cujos problemas administrativos apresentaram peso no rebaixamento.
Assim, a disputa na tabela abdica da grandeza dos clubes e exige profissionalismo. Por isso, a chegada na Série A é o início do trabalho, não o êxito. E o avanço do tempo sugere um esforço ainda mais amplo para a permanência, missão complexa para Sport, Coritiba e Atlético/GO. Agora, cada um escreve a própria história.