Cearense Samira Close participa do The Game Awards 2021 com fala sobre universo drag

Gamer falou da trajetória como streamer e da representatividade LGBTQIA+ no mundo dos jogos

Legenda: Samira Close é conhecida por transmitir partidas de Free Fire, Pokémon Unite e LOL
Foto: Reprodução/YouTube

A streamer cearense Samira Close participou do The Game Awards 2021, na noite desta quinta-feira (9). Ela apareceu em vídeo da plataforma Facebook Gaming ao lado da influencer Deere

Em depoimento, Samira Close falou da trajetória como streamer e as motivações em representar a comunidade LGBTQIA+ no mundo gamer. 

Assista:

“Foi uma espécie de escape. Quando eu encontrei os jogos, quando eu comecei a jogar, eu acabei criando ali o meu espaço, criando ali o meu mundo […] Foi daí que eu conheci o serviço de streaming, e eu senti muito essa necessidade de atribuir para a minha comunidade coisas que eu não via, sabe? Essa visibilidade, eu não me enxergava nas coisas que eu assistia, eu como uma pessoa LGBT”, disse a gamer cearense. 

Samira Close é uma das drags pioneiras do mundo gamer. De barba e lace, ela faz transmissões diárias. Como boa cearense, ela usa do bom humor para derrubar barreiras nos jogos.

Quem é Samira Close?

Samira Close Facebook
Legenda: Samira Close é parceria do Facebook. Diariamente, ela realiza diversas lives na plataforma
Foto: Dia Estúdio

Filha de mãe solo e evangélica, Samira Close não conseguiu vencer na vida de forma fácil. Antes de ser streamer, trabalhou como costureira e operadora de telemarketing.

"Comecei a trabalhar muito cedo. Sou filho de mãe sozinha que teve que criar filhos. Por volta de 12 a 13 anos, aprendi a costurar. Com 14, já atuava profissionalmente. Vivia com um monte de mulher, com as velhinhas, pra poder pegar uma grana e colocar em casa. A cara do pessoal de Fortaleza, as 'bicha' tudo costurando", declarou Samira Close em entrevista ao Diário do Nordeste.

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Da infância à adolescência, Samira Close conseguia ainda tempo para ir a locadoras - locais famosos nos anos 1990 e 2000 no Ceará. "Vivia em locadora. Daquele jeito, R$0,25 dava meia hora. Já R$0,50, uma hora. Na favela, as locadoras bombavam. Jogava Bomberman, Crush Bandicoot, Mortal Kombat, sempre fui nessa linha. Até conhecer os jogos de computadores".