Quem é Cacique Serere, pastor indígena preso a pedido da PGR

Xavante foi preso suspeito de crimes em atos antidemocráticos

Escrito por Redação ,
José Acácio Serere Xavante
Legenda: José Acácio Serere Xavante teve prisão determinada a pedido do PGR
Foto: Reprodução

José Acácio Serere Xavante, indígena de 42 anos, teve prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (12). Após a decisão, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF)  e queimaram carros em Brasília, no Distrito Federal (DF).

Conhecido como cacique Tserere e autodenominado pastor, ele é apoiador de Bolsonaro e participava de atos antidemocráticos.

Segundo a decisão do STF, Xavante Serere foi preso por indícios de crimes em atos antidemocráticos. Ele teria participado de manifestações em diversos locais de Brasília, como o Congresso Nacional, a entrada do Aeroporto Internacional de Brasília, a Esplanada dos Ministérios e um centro de compras. 

A prisão preventiva de José Acácio foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), fundamentada na necessidade de garantia da ordem pública. 

A PGR argumentou que José vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para mobilizar indígenas e não indígenas para cometer crimes, com ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do STF. 

“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, afirmou a PGR.

Xavante compartilha vídeos sobre a manifestações e mensagens a favor do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. 

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Manifestações

Carros também foram queimados durante manifestação
Legenda: Carros também foram queimados durante manifestação
Foto: EVARISTO SA / AFP

Após a prisão de José Acácio, que tem prazo inicial de 10 dias, manifestantes incendiaram ônibus e avançaram contra o prédio onde fica a carceragem da PF. 

policiamento no local foi reforçado, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública do DF. Policiais dispersam os manifestantes com balas de borracha, spray de pimenta e bomba de gás lacrimogênio. 

Os manifestantes seguiram pela Asa Norte e continuaram a queimar carros, fechando pelo menos uma via. Um shopping fechou as portas, segundo o portal g1.

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