Policial penal que matou homem que chamou filha dele de 'baranga' segue como servidor em MG

O ato criminioso foi flagrado por uma câmera de segurança, em Belo Horizonte

Escrito por Redação ,
Imagem de câmera de vigilância registrou crime
Legenda: Imagem de câmera de vigilância registrou crime
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Cerca de dois meses após o policial penal William Lopes dos Santos, 42, atirar e matar David Alexandre Castorino Moreira, 23, — motivado por um desentendimento envolvendo a filha do policial — o servidor estadual de Minas Gerais permanece na ativa e ocupa o mesmo cargo. A informação é do Uol

O ato criminioso aconteceu no dia 28 de junho deste ano e foi flagrado por uma câmera de segurança. David Alexandre foi morto logo após xingar a esposa e a filha do policial de "baranga". O crime ocorreu enquanto a vítima trabalhava no bairro Copacabana, em Belo Horizonte.

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Um processo administrativo em desfavor do servidor foi instaurado no mesmo dia da ação criminosa. Conforme a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), um procedimento administrativo na corregedoria apura a conduta do policial penal.

O servidor permanece na ativa, de forma legal, até que todos os trâmites sejam finalizados ou se houver determinação judicial para afastamento
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

A defesa de Willian Lopes diz que ele apenas exerce o direito de responder à investigação em liberdade e que lamenta a perda da família.

Motivação do crime

A ocorrência teria sido motivada devido a mensagens enviadas por David à filha de William. O jovem teria chamado a menina para um encontro depois de brigar com a própria namorada. 

A filha de William, que era amiga da namorada de David, recusou o convite e teria sido chamada de "baranga". Os insultos ocorreram pela internet. 

"O David tinha brigado com a namorada dele e mandou uma mensagem para essa menina que era amiga dela, fazendo ciúmes. Ele mandou essa mensagem para a menina, depois xingou a menina", disse o tio de David, Thiago Moreira, à TV Globo.

Famíila cobra celeridade em processo

Em entrevista ao Uol, o pai de David Alexandre declarou que exige justiça: "Eu espero que a Justiça o prenda. Não estou atrás de vingança".

Segundo a Sejusp, a apuração da Corregedoria pode durar até 60 dias. Enquanto isso, o servidor permanece na função para a qual prestou concurso público.

William Lopes dos Santos é policial penal efetivo desde junho de 2017. Entre dezembro de 2013 e dezembro de 2016 foi agente de segurança penitenciário contratado. William está atualmente lotado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG).

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