Kat Torres tem pedido de habeas corpus negado após ser presa por tráfico humano

As investigações sobre a 'guru' espiritual começaram mediante denúncia de parentes de jovens brasileiras

Escrito por Redação ,
Legenda: Kat se autodeclarava como bruxa e guru nas redes e atraia jovens para trabalhar junto com ela
Foto: Reprodução / Franklin County

A influenciadora digital e 'guru' espiritual Kat Torres, de 34 anos, teve um pedido de habeas corpus negado pelo ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no último dia 19.

Katiuscia está presa desde novembro do ano passado por suspeita de manter pessoas em condições análogas à escravidão e tráfico humano nos Estados Unidos.

As investigações sobre Kat Torres começaram após a denúncia de parentes e amigos de jovens brasileiras que foram levadas para os EUA para morar e prestar serviços a ela. Ao chegarem à casa da influenciadora, as vítimas interromperam o contato com a família e deletaram redes sociais.

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INVESTIGAÇÃO

O caso de Kat Torres ficou conhecido após as famílias das brasileiras Letícia Maia Alvarenga e Desirré Freitas se preocuparem com o sumiço das jovens nos Estados Unidos após elas se envolverem com a influenciadora. Kat Torres se autodenomina "bruxa" e publicava vídeos mostrando as jovens aparentemente drogadas.

O suposto desaparecimento das brasileiras mobilizou diversos internautas. Familiares e amigos de Letícia afirmaram que ela deixou o País para trabalhar como au pair, ou babá, na casa de Kat Torres. Um perfil dela foi encontrado em um site de prostituição.

Com a repercussão do caso envolvendo a brasileira, outras pessoas começaram a expor supostos crimes da guru. Entre elas, a catadora de recicláveis Maiara Ribeiro, de 28 anos, que foi levada a acreditar que teria a autoestima recuperada.

Kat teria convidado a catadora de recicláveis para passar uma semana na Califórnia com ela, alegando que custearia gastos com passaporte, visto e despesa. Contudo, a promessa não foi cumprida.

A ex-modelo teve ordem de prisão decretada pela 5ª Vara Federal de São Paulo em novembro de 2022. O pedido usou como base o artigo 149 da lei 2.848, tratando do crime de submissão de pessoas em condições análogas à escravidão. 

Kat está presa no complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais. 

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