Família de menino desaparecido em praia do RJ recebe trotes e pedidos de recompensa

Edson Davi está sumido desde a última quinta-feira (4), quando foi visto no Posto 4 da Barra da Tijuca

Escrito por Redação ,
Criança desaparecida RJ
Legenda: Menino brincava na praia quando desapareceu
Foto: Reprodução/Instagram/Giovanna Araujo

A família do menino Edson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, tem recebido trotes e pedidos de recompensa para saber a localização do garoto. As mensagens, no entanto, não procedem, e a Polícia segue em busca da criança. 

Edson Davi desapareceu na última quinta-feira (4), no Posto 4 da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando brincava na faixa de areia com outras crianças. Ele foi ao local acompanhado do pai, que tem uma barraquinha na praia. Segundo o pai do menino, Edson dos Santos Almeida, o garoto estava brincando de bola com outras crianças quando desapareceu. A polícia trabalha com duas linhas de investigação: a de o garoto ter entrado no mar e desaparecido ou de ter ido ao calçadão. 

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Os pais da criança acreditam na segunda hipótese, já que o menino tinha medo e água e estava acostumado ao ir à praia com o pai. 

Na tentativa de localizar o garoto, o pai da criança disponibilizou o seu número para receber informações que possam ajudar às buscas. Em uma mensagem recebida recentemente, uma pessoa alegava que o garoto estava em São Paulo e exigia recompensa com valor superior a R$ 1.500 para devolver Edson Davi. As informações são do O Globo

"Estou com o Edson Davi sob meu comando aqui em São Paulo. Quero uma recompensa para ser devolvido. Nem vem com valor abaixo de R$ 1.500", dizia a mensagem. 

O conteúdo, todavia, tem sido encaminhado à Polícia, bem como outros identificados como trote. 

Imagens em investigação 

Um vídeo enviado à família no sábado (6) também está sendo investigado. Na imagem, um casal aparece acompanhado de duas crianças lanchando em um estabelecimento na Barra da Tijuca. A família chegou a ir ao local, mas não encontrou as pessoas que aparecem no vídeo recebido. 

Após ver a imagem, Marize Araújo, mãe de Edson Davi, disse que o rosto está idêntico. 

"O cabelo, o nariz empinado, o cabelo cacheado e a cor, mas quando ele levanta no vídeo, achei diferente. Ele está com outra roupa. Não sei se é realmente meu filho. Está batendo o desespero e não sei mais o que fazer", disse a mãe do menino. 

Ao conferir as imagens das câmeras de segurança, a família constatou que não era o garoto.

Fotos tiradas por banhistas que estavam no Posto 4 na quinta-feira também serão analisadas pela Polícia na tentativa de ajudar nas buscas da criança. 

Em paralelo, o Corpo de Bombeiros segue fazendo buscas no mar. 

Entenda o caso

A criança estava na praia da Barra da Tijuca, Posto 4, onde o pai trabalhava, quando sumiu. De acordo com o pai, eles chegaram no local pela manhã. A ausência do filho foi sentida por volta das 16h50. 

Edson disse que estava fechando a conta de alguns clientes quando percebeu que a criança não estava por perto. "Ele está acostumado a ir comigo para a barraca. Conhece todos os funcionários, é obediente. Não iria com estranhos. Mas não sabemos o que pode ter acontecido", testemunhou. 

O pai contou ainda que o garoto estava brincando ao lado da barraca, na areia, com duas crianças que aparentavam ter 7 anos. 

"Sei que um gringo estava com duas crianças brincando de bola com ele [...] Ele [Edson Davi] se fazendo de goleiro. Nisso, eu atendendo um cliente, fechando conta, quando me dei conta de que meu filho sumiu. Eram 16h50, 17h, quando aconteceu", relatou o pai. 

Medo de entrar no mar 

A irmã do garoto, Giovana Almeida, disse que Edson Davi não teria entrado no mar porque tem medo. O pai também reforçou que a criança sempre pedia autorização antes de entrar na água. "Era um menino muito obediente". 

O dono de uma barraca vizinha a do pai de Edson Davi disse em entrevista ao g1 que o garoto chegou a pedir uma prancha de bodyboard emprestada horas antes do sumiço, mas o barraqueiro disse que não iria emprestar porque o mar estava agitado naquele dia. 

Estão sendo trabalhadas duas linhas de investigação: a de que ele tenha caminhado em direção à água e sumido no mar; e a de que ele tenha ido em direção ao calçadão. 

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