Celas de Marcola e líderes de facção passam por varredura de cães farejadores

Detentos cumprem pena na Penitenciária Federal de Brasília

Escrito por Redação ,
Celas de Marcola e líderes do PCC passam por varredura de cães farejadores da PRF
Legenda: Oito cães policiais farejadores integraram a operação
Foto: Senappen/Divulgação

Cães policiais farejadores realizaram, na Penitenciária Federal em Brasília (DF), uma varredura nas celas dos líderes de facção de origem paulista como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e o principal rival dele, Roberto Soriano, o Tiriça, ex-número dois na hierarquia da organização criminosa. Não houve detecção de itens ilícitos durante a ação, que durou cerca de duas horas.

De acordo com informações da coluna Na Mira, do portal Metrópoles, equipes da Polícia Penal Federal retiraram os presos das celas e os contiveram na área de segurança, para que fossem feitas as revistas. A operação ocorreu no último dia 29, em parceria com as unidades K9 das polícias Rodoviária Federal (PRF), da Penal do Distrito Federal (PPDF) e Militar do Distrito Federal (PMDF).

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A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou que oito cães policiais farejadores integraram a operação. Foi realizada uma vistoria em todas as celas ocupadas da penitenciária, bem como no pátio para o banho de sol e em áreas de movimentação de custodiados.

Conforme a diretora da Penitenciária Federal em Brasília, Amada Teixeira, a varredura é uma das ações adotadas pela Senappen e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que atuam no reforço à segurança das penitenciárias federais.

Marcola teve recurso negado

Na última semana, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da defesa de Marcola, que visava anular a condenação a 152 anos de prisão. A pena se deve ao caso das mortes que ocorreram durante rebelião na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru), em 2001.

Os advogados do traficante defenderam que a decisão do Tribunal do Júri foi irregular porque ele foi denunciado pela morte de sete presos, mas respondeu pelo homicídio de oito pessoas. 

Na sessão, o relator do caso, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, decidiu aplicar o entendimento do próprio Supremo, em que a decisão tomada pelo Tribunal do Júri impede uma eventual anulação. Ele ressaltou ainda que, ao longo do processo, ficou esclarecido que foram nominadas oito vítimas, ao contrário do que havia sido denunciado originalmente.

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