Base Aérea de Canoas terá número de voos dobrados a partir de junho, anuncia Governo Federal

Local fica em cidade vizinha a Porto Alegre, que está com o aeroporto fechado por tempo indeterminado em virtude das enchentes em solo gaúcho

Escrito por Redação ,
Base Aérea de Canoas
Legenda: Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, está temporariamente operando com pousos e decolagens da aviação comercial
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta quarta-feira (29) que a Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), terá o número de voos comerciais dobrados a partir do próximo dia 10 de junho para atender a demanda operacional da capital gaúcha.

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O local, que passou a receber 35 frequências semanais temporariamente, passará a receber no dia 10 de junho 70 voos por semana (o equivalente a dez pousos e decolagens diários).

A malha aérea emergencial foi criada devido às enchentes no Rio Grande do Sul e à cheia histórica do Lago Guaíba, que banha Porto Alegre e inundou diversos pontos da cidade, incluindo o Aeroporto Internacional Salgado Filho, na região Norte da cidade.

Com o local fechado por tempo indeterminado para pousos e decolagens, Canoas, que fica ao lado de Porto Alegre, surge como opção para suprir parte da demanda da capital gaúcha.

Conforme o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), "a decisão de dobrar os voos em Canoas se deu após avaliação técnica realizada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e companhias aéreas".

A pasta ainda informa que será realizada um estudo para permitir que a Base Aérea na Região Metropolitana de Porto Alegre passe a operar com voos em período noturno. O local é um dos sete aeródromos gaúchos com voos ampliados para atender a demanda no Estado, e as frequências da aviação comercial começaram na última segunda-feira (27). 

"A gente espera que nas próximas semanas a gente possa seguir ampliando os voos, sobretudo visando a segurança para os passageiros e da aviação. Paralelamente, a gente também está fortalecendo a malha aérea regional, onde os seis aeroportos no estado estão recebendo cada vez mais voos e levando a população brasileira para o Rio Grande do Sul e, ao mesmo tempo, aquele que mora no Estado poder se deslocar para outras cidades do país", explicou Silvio Costa Filho.

Aeroporto Internacional Salgado Filho segue inoperante

Uma equipe técnica do MPor e da Anac esteve no Aeroporto Internacional de Porto Alegre para entender a situação do local após as enchentes. Segundo o ministro, "a parte das esteiras foi totalmente afetada por conta da água". Administrado pela empresa alemã Fraport, a mesma concessionária do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, o equipamento gaúcho segue fechado por tempo indeterminado.

Ainda será realizada uma análise mais detalhada em outras instalações do Salgado Filho, como a pista de pousos e decolagens, que chegou a ficar submersa em virtude das enchentes, além das vias de acesso e demais estruturas do terminal de passageiros e de cargas.

"Com a baixa da água, será possível verificar se houve dano à situação do asfalto e do concreto, para a gente preservar a segurança das operações. Todo nosso esforço é para a água baixar e a Fraport possa fazer, ao lado da ANAC, um diagnóstico da situação atual do aeroporto", pontuou o ministro.

A concessionária do Salgado Filho está operando o Terminal PakShopping Canoas, estrutura provisória instalada na Base Aérea da cidade vizinha a Porto Alegre para atender emergencialmente a demanda de passageiros. Na avaliação do ministério, o equipamento improvisado está funcionando e o fluxo tem sido "dentro da normalidade".

 

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