Terremoto de grandes proporções atinge Turquia e Síria, deixando mais de 2 mil mortos; veja imagens

O tremor de magnitude 7,8 provocou o desabamento de diversos prédios e deixou milhares de feridos

Escrito por Redação ,
Um membro de uma equipe de resgate caminha com suas ferramentas em direção a um prédio que desabou após um terremoto na cidade síria de Aleppo, em 6 de fevereiro de 2023
Legenda: Equipes de buscas sírias atuam no resgate de vítimas soterradas nos escombros de imóveis que colapsaram com o abalo sísmico
Foto: AFP

Um terremoto de grandes proporções atingiu a Turquia e a Síria, na madrugada desta segunda-feira (6) — ainda noite de domingo (5) no Brasil —, provocando a morte de mais de 2.600 pessoas e milhares feridos. O tremor de magnitude 7,8 na escala Richter — que se estende até o nível 9 — afetou o Centro-Sul do território turco e o Noroeste do sírio.

O fenômeno causou o desmoronamento de diversos prédios nos países, que são vizinhos, e também foi sentido no Chipre e no Líbano. Equipes de buscas atuam para encontrar sobreviventes em meio aos escombros. As informações são da agência internacional Reuters

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Na cidade turca de Sanliurfa, um vídeo, compartilhado nas redes sociais, mostra o momento em que um prédio de cerca de seis andares desaba devido ao terremoto.  

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês) informou que o terremoto de magnitude 7,8 ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros da superfície. Uma série de outros abalos sísmicos menores foi registrada no local, um deles de magnitude 6,7. A região é atravessada por falhas sísmicas.   

Pessoas procuram sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, em 6 de fevereiro de 2023, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste do país
Legenda: Pessoas auxiliam na busca por sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, Turquia
Foto: ILYAS AKENGIN / AFP

Dois homens passam por um prédio fortemente danificado após um terremoto na cidade de Sarmada, no interior da província de Idlib, no noroeste da Síria, no início de 6 de fevereiro de 2023
Legenda: Abalo sísmico danificou prédio na cidade de Sarmada, interior da província de Idlib, no Noroeste da Síria
Foto: Mohammed AL-RIFAI / AFP

Uma criança ferida aguarda tratamento no hospital Bab al-Hawa após um terremoto, na zona rural do norte da província de Idlib, na Síria, controlada pelos rebeldes, na fronteira com a Turquia, no início de 6 de fevereiro de 2023
Legenda: Criança aguarda atendimento no hospital Bab al-Hawa, Zona Rural do Norte da província de Idlib, na Síria, controlada por forças rebeldes
Foto: Aaref WATAD / AFP

Novo tremor de terra horas após terremoto

Um novo terremoto, de magnitude 7,5, atingiu o Sudeste da Turquia na tarde desta segunda-feira (6) — início da manhã no Brasil —, informou o USGS, horas após o outro terremoto ter provocado a morte de 912 pessoas.

O tremor foi registrado às 13h24 (07h24 no horário de Brasília), quatro quilômetros a sudeste da cidade de Ekinozu.

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Mais de 2 mil mortos e milhares de feridos  

Na Turquia, o número de mortos é de 1.651 pessoas, segundo a agência de desastres. O abalo sísmico precarizou as conexões de internet no País, o que dificultam os esforços para avaliar o impacto do episódio. Espera-se ainda que as temperaturas caiam para quase zero em algumas áreas, piorando as condições os sobreviventes presas sob os escombros.

Na Síria, o Ministério da Saúde declarou que foram registrados, ao menos, mil óbitos e mais de 1,3 mil feridos. No Noroeste do País, controlado pelos rebeldes, as equipes de resgate afirmam que 255 pessoas faleceram. Dados do governo de Damasco e das Nações Unidas, indicam, pelo menos, 716 mortes. Assolada por uma guerra civil que dura mais de 11 anos, a nação do Oriente Médio já estava devastada antes do abalo sísmico.

"Nunca senti nada parecido nos 40 anos que vivi. Fomos abalados pelo menos três vezes com muita força", disse à Reuters um morador da cidade turca de Gaziantep, área próxima ao epicentro do terremoto.
 

Membros da defesa civil síria carregam uma mulher ferida após resgatá-la dos escombros de um prédio que desabou após um terremoto na Aleppo controlada pelo governo em 6 de fevereiro de 2023
Legenda: Nesta imagem, membros da defesa civil síria carregam uma mulher ferida após resgatá-la dos escombros de um prédio que desabou na cidade de Aleppo, região controlada pelo governo
Foto: AFP

As vítimas de terremoto de magnitude 7,8 são levadas às pressas para a ala de emergência do hospital Bab al-Hawa após um terremoto, na zona rural do norte da província de Idlib, na Síria, controlada pelos rebeldes, na fronteira com a Turquia, no início de 6 de fevereiro de 2023
Legenda: Vítimas são levadas às pressas para a ala de emergência do hospital Bab al-Hawa, Zona Rural do Norte da província de Idlib, Síria
Foto: Aaref WATAD / AFP

Nesta foto de folheto tirada pela agência de notícias Sana em Hama, Síria, em 6 de fevereiro de 2023, equipes de resgate procuram vítimas de um prédio de oito andares que desabou após um terremoto de magnitude 7,8 no sul da Turquia.
Legenda: Neste registo, equipes de resgate procuram vítimas de um prédio de oito andares que desabou após o terremoto, no Sul da Turquia
Foto: Apostila / SANA / AFP

No Twitter, a emissora CNN Turquia compartilhou imagens que mostram o histórico Castelo de Gaziantep, ponto turístico turco, severamente danificado no episódio. 

Pior terremoto desde 1999

O presidente turco declarou que 45 países se ofereceram para ajudar nos esforços de busca e resgate. 

Os Estados Unidos declararam que estão "profundamente preocupados" com o abalo sísmico registrado na Turquia e na Síria, e estão monitorando os eventos de perto, conforme afirmou o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, nas redes sociais.

"Entrei em contato com as autoridades turcas para informar que estamos prontos para fornecer toda e qualquer assistência necessária", escreveu no Twitter.

O terremoto foi o mais grave da Turquia desde 1999, quando um de magnitude semelhante devastou Izmit e a povoada região oriental do Mar de Mármara, perto de Istambul, matando mais de 17 mil pessoas. 

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