Terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia é finalizada
Negociações russo-ucranianas pretendem encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia
A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia foi concluída nesta segunda-feira (7) com alguns "resultados positivos" nos corredores humanitários, anunciou no Twitter Mykhailo Podoliak, membro da delegação ucraniana.
"Conseguimos alguns resultados positivos na logística dos corredores humanitários. Continuamos com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente com um cessar-fogo e garantias de segurança", disse Podoliak, assessor da presidência ucraniana.
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Já o representante russo, Vladimir Medinsky, disse que reunião não esteve "à altura das expectativas de Moscou" e que "esperamos que da próxima vez possamos fazer um avanço mais significativo", acrescentou ele em uma entrevista coletiva transmitida pelo canal de televisão público russo.
Condições russas para fim da guerra
O porta-voz russo Dmitry Peskov disse à Reuters, antes da reunião, que as demandas da Rússia exigem que a Ucrânia cesse a ação militar, reconheça a Crimeia como território russo e também reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e de Lugansk como países independentes.
Outra demanda é que o país do leste europeu mude a constituição indicando neutralidade, que, segundo o representante, significa rejeitar qualquer objetivo de entrar em qualquer bloco, como a União Europeia.
Veja todas as condições de Moscou:
- Que a Ucrânia não faça parte em nenhum momento da Otan;
- Reconheça a separação da Crimeia, anexada à Rússia;
- Reconheça a independência de Donbass e de Luhansk;
- Mudar a constituição em prol da neutralidade (rejeitar qualquer objetivo de entrar em qualquer bloco, como a União Europeia);
- Fim das ações militares da Ucrânia.
Peskov ainda revelou que a Ucrânia está ciente das demandas. "Eles foram informados de que tudo isso pode ser interrompido em um momento", declarou em entrevista à publicação.
Essa foi a primeira vez, desde o início dos ataques e das negociações, que o país comandado por Vladimir Putin explicitou os termos para acabar com a guerra.