Steve Bannon, ex-conselheiro de Trump, chama Elon Musk de 'racista' e 'mau' e promete afastá-lo da Casa Branca

O ex-assessor de Trump ainda chamou o bilionário de "imaturo" e disse que ele perdeu credibilidade nos EUA

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Montagem de fotos mostra Bannon à esquerda e Musk à direita
Legenda: Bannon pretende afastar Elon Musk da Casa Branca
Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP e Shutterstock

Steve Bannon, o estrategista por trás da vitória de Donald Trump em 2016, criticou Elon Musk e chamou o magnata de "racista" e "mau". As declarações foram dadas ao jornal italiano Corriere della Sera. Em entrevista ao periódico, na última semana, Bannon também prometeu afastar Musk do movimento Make America Great Again (Maga).

As críticas de Bannon a Musk se devem, principalmente, à posição do empresário em relação à política de imigração, no contexto em que algumas empresas dele, como a Tesla e a SpaceX, permitem a contratação de profissionais estrangeiros qualificados. 

"Ele deveria voltar para a África do Sul. Por que temos sul-africanos brancos, o povo mais racista do mundo, comentando tudo o que acontece nos EUA?", reclamou Bannon. 

O ex-assessor de Trump também chamou Musk de "imaturo" e disse que ele perdeu credibilidade nos Estados Unidos. "Francamente, as pessoas ao redor de Trump estão cansadas dele. Vimos a sua natureza intrusiva, sua falta de compreensão das verdadeiras questões e sua atitude egoísta. Seu único objetivo é se tornar trilionário", continuou.

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'Tecnofeudalismo em escala global'

Bannon acusou ainda o bilionário de tentar propagar um tecnofeudalismo em escala global e afirmou que não só não o apoia como lutará contra. "Fiz disso minha coisa pessoal para derrubar esse cara. Antes, porque ele colocou dinheiro [na campanha de Trump], eu estava preparado para tolerar, mas não estou preparado para tolerar mais".

Para Bannon, Musk está focado em apenas proteger seus interesses financeiros. "Sua agregação de riqueza e, então, por meio da riqueza, poder. É nisso que ele se concentra. Fará de tudo para garantir que qualquer uma de suas empresas esteja protegida ou tenha um acordo melhor ou ganhe mais dinheiro", concluiu.

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