Quatro brasileiros voluntários de guerra morreram durante conflito na Ucrânia; veja quem são

O caso mais recente do estudante de medicina do Paraná Antônio Hashitani, de 25 anos

Escrito por Redação ,
Brasileiros mortos na guerra entre Ucrânia e Rússia: Antônio Hashitani, André Luis Hack Bahi, Douglas Rodrigues Búrigo e Thalita do Valle
Legenda: Brasileiros mortos na guerra entre Ucrânia e Rússia: Antônio Hashitani, André Luis Hack Bahi, Douglas Rodrigues Búrigo e Thalita do Valle
Foto: Reprodução

Durante a guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura quase um ano e seis meses, quatro brasileiros morreram. No começo de agosto, o estudante de medicina do Paraná Antônio Hashitani, de 25 anos, morreu em um confronto em Bakhmut. As informações são do g1.

Os brasileiros viajaram para a Ucrânia voluntariamente, uma vez que o Brasil não enviou tropas. A maioria dos voluntários faz parte da Legião internacional de Defesa Territorial da Ucrânia - grupo paramilitar de estrangeiros organizados pelo governo ucraniano. 

Entre fevereiro de 2022 e o fim de julho de 2023, cerca de 9 mil pessoas morreram na Ucrânia desde o início da guerra, conforme o Escritório de Direitos Humanos da ONU (OHCHR). Os brasileiros mortos ficaram no País entre três semanas e três meses.

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Antônio Hashitani, 25 anos, Curitiba (PR)

Antônio Hashitani tinha 25 anos
Legenda: Antônio Hashitani tinha 25 anos
Foto: Reprodução

A morte de Antônio Hashitani, de 25 anos, foi comunicada aos parentes nesta segunda-feira (7), através de um telefonema do Itamaraty ao irmão do jovem. Ele estava na guerra contra a Rússia como voluntário de um grupo paramilitar

 A embaixada brasileira irá providenciar o translado do corpo, além do atestado de óbito. A morte de Antônio pode ter ocorrido entre 2 ou 3 de agosto. 

Antônio era estudante da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. 

André Luis Hack Bahi, 44 anos, Porto Alegre (RS)

André Luis Hack Bahi tinha 44 anos
Legenda: André Luis Hack Bahi tinha 44 anos
Foto: Reprodução

André Luis Hack Bahi morreu no país europeu no dia 4 de junho de 2022. O gaúcho tinha 44 anos e morava em Quixadá. Ele saiu da cidade no Sertão do Ceará em fevereiro para atuar na Legião Internacional de Defesa da Ucrânia contra a Rússia. 

André deixou sete filhos, com quem constantemente postava registros nas redes sociais na cidade cearense. Segundo a irmã Letícia Bahi, ele estava separado da esposa.

Ele disse que não era para nós ficarmos bravos nem pedir para ele voltar da Ucrânia. Ele iria até o final. Se fosse o fim dele morrer em combate, ele estaria feliz. A gente tem que pensar nisso e respeitar essa vontade do André", disse Letícia Bahi. 

Douglas Rodrigues Búrigo, 40 anos, de São José dos Ausentes (RS)

Douglas Rodrigues Búrigo tinha 40 anos
Legenda: Douglas Rodrigues Búrigo tinha 40 anos
Foto: Reprodução

Douglas Rodrigues Búrigo, 40, morreu em julho de 2022. Ele autuava ao lado do Exército ucraniano em Kharkiv. A região foi alvo de um ataque aéreo e o brasileiro não resistiu.

Ele morreu dois meses após chegar ao país saindo de São José dos Ausentes, no interior do Rio Grande do Sul. 

"Ele foi, a princípio, para serviço humanitário. A ideia dele era chegar lá e fazer serviço humanitário. Era o sonho dele ajudar, mas acho que depois deu errado, e foi direto para a linha de frente. E o mais errado aconteceu", disse a família.

Thalita do Valle, 39 anos, de Ribeirão Preto (SP)

Thalita Valle tinha 39 anos
Legenda: Thalita do Valle tinha 39 anos
Foto: Reprodução

Thalita do Valle era socorrista e filiada à Legião Estrangeira Ucraniana. Ela também morreu em julho de 2022, em Kharkiv. A mulher de 39 anos saído de Ribeirão Preto, em São Paulo, três semanas antes. 

"Ela não era do Exército, chegou a fazer escola militar, mas não seguiu. Na função de socorrista, dentro do contexto da guerra, é natural aprender a manipular armamentos. Ela se tornou atiradora de precisão (sniper), e não de elite, por conta da própria função de socorrista. Todo socorrista observa a progressão e faz função de cobertura", explicou o irmão Theo Rodrigo Vieira ao g1.

A família relatou que os ferimentos da mulher não batiam com laudos médicos. Thalita atuou no resgate de vítimas em Mariana (MG) em 2015, e Brumadinho (MG), em 2019.

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