Homem deixa vida de stripper para se tornar monge e se dedicar à espiritualidade
Ashley Edelman fez experiência em monastério na Tailândia

O australiano Ashley Edelman, deixou seu País aos 22 anos após a pressão dos pais para que ele arranjasse um emprego no Reino Unido. O jovem conseguiu, mas não o que necessariamente desejava. Ele se tornou stripper na região Cornualha, sudoeste da Inglaterra.
Em entrevista à revista americana Newsweek, Ashley contou que aos 17 anos já reconhecia as dificuldades relacionadas à autoconfiança. "A bebida mascarava minha ansiedade social", contou ele. "Então, quando tive a oportunidade de me despir, pensei: Eu costumava ficar nu para me divertir no Exército de graça - pelo menos seria pago para isso", afirmou.
Com a carreira deslanchando no universo adulto, logo vieram os problemas relacionados ao físico, como uso de anabolizantes e outras drogas, separação e a revelação para seus pais. "Ela [minha mãe] disse que 'não estava chateada, apenas decepcionada'. Isso doeu", disse ele sobre como sua mãe descobriu que ele não trabalhava como segurança, mas sim como stripper.
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"Fazia parte do estilo de vida. Cocaína, maconha, festas, tudo se misturava. Mas não era sustentável. Eventualmente, eu me esgotei.", disse ele, que destaca ter atingido o fundo do poço em 2018, momento em que decidiu pedir demissão. "Senti como se estivesse vendendo a minha alma", confessa.
Conversão
No que ele chamou de “desafiar seus próprios limites” para se manter nesse meio, ele começou realinhar sua vida ao começar a “explorar a respiração, o desenvolvimento pessoal e a espiritualidade".
Em 2024, foi ao monastério de Chiang Mai (Tailândia), local onde passou um mês vivendo como um monge, sem acesso a eletrônicos e internet, e cumpria a rigorosa rotina do lugar, acordando às 4h da manhã, praticava meditação, fazia tarefas domésticas e assistia a aulas de dharma, que são os ensinamentos de Buda.
Atualmente, Edelman vive no Oriente Médio dando aulas de controle de respiração, além de treinamento de controle de regulação do sistema nervoso sobre as crenças limitantes dos seus clientes. “Muitas pessoas sofrem em silêncio. Elas acham que estão sozinhas. Mas todos nós passamos pelas mesmas coisas de maneiras diferentes, e a transformação é possível”, afirma.
“Tive experiências espirituais profundas, incluindo visões”, relatou Ashley sobre o tempo que passou no monastério, e para manter o novo estilo de vida, o ex-stripper contou que ficou longe das redes sociais por seis meses, só retornando em abril de 2024, quando assumiu que só postaria algo relacionado a si que estivesse alinhado com o seu "novo eu".
“Vivo em resistência zero. Sinto-me calmo, equilibrado e autoconsciente de uma forma que jamais imaginei ser possível”, diz ele, sobre o contraste com sua vida anterior, uma vida, segundo ele, com a qual “a maioria dos homens sonha”, acelerada, selvagem e sedutora, e que agora, vive uma “vida enraizada no serviço".
“Pretendo retornar ao mosteiro todos os anos, mas sei que não fui feito para viver lá em tempo integral. Minha missão não é servir a mim mesmo, mas servir aos outros. Tudo o que passei — cada show, cada erro, cada revelação — me trouxe até aqui”, conclui.
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