Escócia vai exigir ‘termo de compromisso’ para quem quiser adotar e comprar cães

Documento funcionará como uma espécie de checklist e deve incluir uma lista de perguntas

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Redação producaodiario@svm.com.br
A expectativa é que o preenchimento do documento motive a reflexão das pessoas sobre a responsabilidade de se ter um pet
Legenda: A expectativa é que o preenchimento do documento motive a reflexão das pessoas sobre a responsabilidade de se ter um pet
Foto: Shutterstock

A Escócia passará a exigir a assinatura de um “termo de compromisso” voltado para tutores que desejam adotar ou comprar cães. É o que determina uma nova lei aprovada pelo Parlamento escocês, segundo informações da BBC

Proposto pela parlamentar Christine Grahame, do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês), o projeto determina que, em até 12 meses, o governo elabore um documento com medidas que devem ser consideradas pelos possíveis donos antes de se ter um animal de estimação.

O documento, que funcionará como uma espécie de checklist, deve incluir uma lista de perguntas. Conforme o projeto de lei, os questionamentos devem caber em uma única página e abordar os seguintes aspectos:

  1. se a raça do cão é adequada para o novo dono;
  2. se eles têm um ambiente adequado para abrigá-lo;
  3. se eles têm tempo para garantir que o cão se exercite regularmente;
  4. se eles podem pagar os custos de ter um animal de estimação de forma contínua;
  5. e se eles podem se comprometer a cuidar do cão durante toda a sua vida.

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O termo preenchido será transformado em um certificado, devendo ser assinado pelo novo tutor e pelo vendedor ou doador. O documento, no entanto, não será uma licença ou comprovante de vinculação. 

'GRANDE COMPROMISSO'

Como defende Christine Grahame, a expectativa é que o preenchimento do documento motive a reflexão das pessoas sobre o tamanho da responsabilidade de se ter um pet. A ideia é que o termo seja um complemento ao código de conduta de 28 páginas para donos de cães, que foi introduzido na Escócia em 2010, durante reformas anteriores voltadas para o bem-estar animal.

A inspiração da parlamentar veio do do abrigo de cães e gatos de Edimburgo, capital do país. Atualmente, o local está lotado após um aumento considerado “preocupante” do número de cães abandonados nas ruas.  

Para a diretora-executiva do abrigo, Lindsay Fyffe-Jardine, o impulso na hora de adotar ou comprar um cão é um fator problemático, principalmente porque as taxas de abandono aumentam quando as condições financeiras ou de moradia do tutor mudam ao longo do tempo. 

“Em alguns lugares, é tão fácil comprar um cachorro quanto ir ao supermercado comprar pão. Mas a realidade é que nem todos param e pensam 'Posso comprar esse cachorro? Posso encaixá-lo na minha vida? Porque é um grande compromisso", ressalta Fyffe-Jardine.

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