Caso Titan: fim das investigações sobre submarino que implodiu com bilionários é adiado; entenda
Trabalhos da Guarda Costeira dos EUA estavam previstos para serem concluídos neste mês, quando tragédia completa um ano
Em comunicado publicado na sexta-feira (14), a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que as investigações de conclusão acerca do submarino Titan precisaram ser adiadas por tempo indeterminado. A previsão era de que o caso estaria finalizado neste mês.
Segundo o documento, o motivo que desencadeou o atraso foi a necessidade de voltar duas vezes ao local dos destroços, a 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico.
Veja também
Os destroços do submarino vêm sendo analisados por engenheiros das Marinhas dos EUA e do Canadá. Ano passado, quando os restos da embarcação foram encontrados, foram necessárias mais duas missões extras para coletar mais evidências do caso.
De acordo com o presidente das investigações da Guarda Costeira dos EUA, Jason Neubauer, já se sabe que a implosão foi provavelmente causada por uma falha no veículo aquático para lidar com a pressão do mar. Entretanto, o responsável afirma haver ainda lacunas para criação de novos parâmetros e análises de protocolos para expedições como a do Titan.
"A investigação sobre a implosão do Titan é um esforço complexo e contínuo. Nós estamos empenhados em garantir a compreensão plena dos fatores que levaram a esta tragédia, a fim de evitar ocorrências semelhantes no futuro", declarou Neubauer.
Caso Titan
O submarino Titan desapareceu no dia 19 de junho de 2023. Estavam a bordo o piloto Stockton Rush, CEO da OceanGate, a empresa que liderava a expedição; o explorador e bilionário britânico Hamish Harding; Shahzada e Suleman Dawood, pai e filho de uma importante família paquistanesa; e o explorador francês e especialista em Titanic Paul-Henry Nargeolet.
As mortes dos cinco passageiros foi confirmada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos em 22 de junho. O órgão detalhou que a cabine de pressão do Titan foi encontrada destruída em três pedaços a cerca de 500 metros do Titanic.
Os primeiros levantamentos apontam que houve uma implosão, causada por uma perda de pressão da cabine do submersível. "Nós vimos que a cabine de pressão estava ali em três pedaços, e podemos considerar que o submarino foi destruído e vamos mapear o que aconteceu a partir disso", disse John Mauger, contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA.
As cinco mortes também foram confirmadas pela OceanGate, empresa responsável pelo submersível. "Toda a família OceanGate é profundamente grata aos inúmeros homens e mulheres de várias organizações da comunidade internacional que enviaram recursos de grande alcance e trabalharam arduamente nesta missão", disse nota.
Segundo uma ex-diretora da OceanGate, a empresa contratou "adolescentes" como engenheiros para a criação do submersível.