Acidente de avião na Coreia: o que se sabe sobre a tragédia que matou 179 pessoas
O Boeing 737-800 tinha 181 pessoas a bordo quando derrapou e colidiu com uma parede no momento da aterrissagem
Um avião com 181 pessoas a bordo explodiu após bater contra um muro na pista do aeroporto, na Coreia do Sul. O acidente ocorreu na manhã de domingo (29), pelo horário local — mas ainda na noite desse sábado (28), no Brasil.
Duas pessoas sobreviveram à tragédia e foram levadas ao hospital, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, mas ainda não se sabe o estado clínico delas.
Prováveis causas do acidente
Informações preliminares apontam que o acidente pode ter sido causado por "contato com pássaros", o que teria resultado em uma "falha no trem de pouso" enquanto a aeronave tentava aterrissar. Os bombeiros que atendem à ocorrência também levantam a possibilidade de que o "mau tempo" tenha contribuído para a colisão.
Um vídeo do momento do acidente foi registrado e tem sido bastante compartilhado nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o avião derrapando pela pista antes de se chocar com uma parede, o que causou a explosão.
As vítimas são resgatadas pela cauda da aeronave.
Uma investigação foi aberta para determinar as causas exatas do acidente.
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Tragédia exigiu resposta de autoridades
Choi Sung-mok, o presidente em exercício da Coreia do Sul, que assumiu em meio à crise política vivida pelo país, exigiu que os esforços governamentais se concentrem em resgatar vítimas.
"Temos uma situação grave em que ocorreu uma grande perda de vidas depois que um avião saiu da pista no aeroporto de Muan. [...] Expresso minhas mais profundas condolências às muitas vítimas", disse ele.
Familiares dos passageiros estão no aeroporto para acompanhar os trabalhos dos socorristas durante as buscas.
Qual era o destino do avião?
Operado pela companhia aérea Jeju Air, o Boeing 737-800 tinha 181 pessoas a bordo — 175 passageiros e seis integrantes da tripulação. O veículo estava chegando ao aeroporto de Muan vindo de Bangkok, na Tailândia.
O que aconteceu antes do acidente?
De acordo com um funcionário sul-coreano do setor de transportes, o avião estava tentando aterrissar, mas o controle de tráfego aéreo emitiu um alerta de colisão com pássaros e o piloto foi forçado a esperar.
Cerca de dois minutos depois, o piloto teria pedido socorro e o comando de tráfego aéreo teria dado permissão para que a aeronave pousasse na direção oposta. No entanto, os vídeos mostram que o avião aterrissou sem rodas ou qualquer outro trem de pouso, o que fez com que ele derrapasse e colidisse com uma parede.
Quem são as vítimas resgatadas vivas?
Duas pessoas foram resgatadas com vida após o avião sair da pista e explodir na Coreia do Sul. De acordo com o g1, os sobreviventes são um homem e uma mulher, ambos integrantes da tripulação. Autoridades de saúde disseram que eles estão conscientes e não correm risco de vida. No entanto, a identidade deles não foi divulgada ainda.
Piloto estava na função desde 2019
Segundo a BBC, o departamento de transportes informou que o piloto principal do avião exercia a função desde 2019 tinha mais de 9,8 mil horas de experiência de voo.
Companhia aérea pediu desculpas
A Jeju Air, companhia aérea responsável pelo boeing envolvido no acidente, pediu desculpas aos familiares das vítimas pela tragédia, que já é considerada uma das piores da história da Coreia do Sul.
"Peço desculpas a todos aqueles que se preocupam com a Jeju Airlines. Acima de tudo, expresso as minhas mais sinceras condolências e desculpas aos passageiros e às famílias em luto", escreveu o CEO Kim I-bae, em nota divulgada pela empresa.
Com o objetivo de oferecer viagens de baixo custo, a Jeju Air foi fundada em 2005 e opera tanto voos domésticos no sul da Coreia como, também, voos internacionais com destino para a Ásia, incluindo Japão, China e outros países.
O Boeing 737, utilizado mundialmente, é o principal modelo da companhia aérea. No Brasil, a aeronave costuma ser operada pela Gol.
Apesar da proposta "low-cost" da empresa, a Coreia do Sul tem uma classificação de segurança de aviação considerada alta.