Fabiana Justus é diagnosticada com leucemia mieloide aguda; saiba o que é e quais sintomas da doença

Filha de Roberto Justus disse ter sido surpreendida pela descoberta ao procurar ajuda médica após sentir febre e dor nas costas

Escrito por Redação ,
Fabiana Justus. Fabiana Justus é diagnosticada com leucemia mieloide aguda; saiba o que é e quais sintomas da doença
Legenda: Ela já iniciou o tratamento contra a condição com sessões de quimioterapia
Foto: reprodução/@fabianajustus via Instagram

A filha do empresário Roberto Justus, Fabiana Justus, de 37 anos, divulgou, nessa quinta-feira (25), que foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda (LMA). A influenciadora digital está hospitalizada, realizando a primeira fase do tratamento contra a doença.

Esse tipo de leucemia é o mais comum em adultos, raramente ocorrendo em crianças. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ela se desenvolve em uma velocidade considerada muito rápida.  

A criadora de conteúdo publicou um vídeo anunciado o caso para os mais de 1,7 milhão de seguidores no Instagram. Na gravação, detalhou que foi surpreendida pelo diagnóstico após procurar ajuda médica ao sentir um desconforto nas costas e febre

Fui diagnosticada com leucemia mieloide aguda. O nome assusta, tudo assusta, mas estou nas mãos de um super médico, estou sendo muito bem assistida e as coisas foram muito rápidas até pela característica da doença e a forma que tem que ser o tratamento. Vim para o pronto-socorro por conta de uma dor nas costas esquisita e febre e, desde então, não saí mais."
Fabiana Justus
Influenciadora digital

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Fabiana Justus já iniciou o tratamento com sessões de quimioterapia. A doença na influenciadora foi descoberta ainda no início e, segundo ela, a equipe médica informou que as chances de cura são altas. Ela disse estar confiante quanto à recuperação. 

"Sei que não vai ser fácil, mas estou muito positiva, confiante, minha família também, meus amigos e, principalmente, meus médicos. Me deram muita confiança, falaram que são altas as chances de cura. Peguei [o diagnóstico] muito no começo. Isso tudo me deu muita confiança. Obviamente, tem momentos que fico mais baqueada. Eu ainda não entendi direito o que está acontecendo. Acordo aqui no hospital e lembro que isso é verdade", relatou.

Mãe de três filhos, a criadora de conteúdo contou que uma das partes mais difíceis de ficar hospitalizada é ficar longe deles.  

"Preciso lutar e vencer e tenho certeza que vou. Esse choro é de confiança, não vou deixar isso me abalar. O que mais está me doendo é ter que ficar longe dos meus filhos, mas também sei que é uma fase e isso vai passar. Os meus médicos, inclusive, deixaram meus filhos me visitarem de vez em quando, tomando todos os cuidados, porque vou ter que ficar mais isolada", explicou.

Nesse primeiro ciclo de tratamento, eu fico um mês aqui no hospital e depois eu vou poder ir para casa recarregar as energias e vai ser muito importante para mim."
Fabiana Justus
Influenciadora digital

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O que é leucemia mieloide aguda

Conhecida pela sigla LMA, a doença é o tipo mais comum de leucemia em adultos e raramente acomete crianças. Ela tem um ritmo de desenvolvimento considerado muito rápido, segundo o Inca. Nela, a medula óssea produz muitas células sanguíneas anormais que se acumulam pelo corpo.

A descoberta precoce desse tipo de câncer aumenta as chances de cura. Existem alguns tipos de comportamentos de risco e condições que aumentam as chances de desenvolvimento da doença, conforme o instituto. São eles: 

  • Tabagismo;
  • Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química);
  • Radiação ionizante (raios-x e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia);
  • Quimioterapia;
  • Produção de borracha
  • Síndrome de Down e outras doenças hereditárias;
  • Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas;
  • História familiar;
  • Idade, pois quanto maior a idade maior o risco de desenvolver leucemia;
  • Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C.

Sintomas mais comuns

Os principais sinais da doença são consequência do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, o que prejudica ou impede a produção das células sanguíneas normais.

Entre os sintomas mais comuns, estão: 

  • Palidez, cansaço e febre;
  • Aumento de gânglios;
  • Infecções persistentes ou recorrentes;
  • Febre;
  • Suores noturnos
  • Manchas roxas no corpo
  • Sangramentos inexplicados;
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Redução da imunidade e, consequentemente, aumento das infecções; 
  • Dores nos ossos e nas articulações.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da condição é realizado através de um exame de sangue, especificamente o hemograma. Em caso de testes positivos, majoritariamente, há uma observação do aumento do número de leucócitos (na minoria das vezes o número estará diminuído), associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas.

Existem outras análises laboratoriais que também devem ser realizadas para fechar o quadro, como exames de bioquímica e da coagulação, e poderão estar alteradas. 

A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea, conhecido como mielograma, conforme o Inca. Nele, o profissional da saúde retira uma pequena quantidade de sangue, proveniente do material esponjoso de dentro do osso. 

Em alguns casos pode ser necessário a realização da biópsia da medula óssea. Nesse cenário, um pequeno pedaço do osso da bacia do paciente é retirado e enviado para análise. 

Tratamento

Segundo o Inca, o combate à leucemia mieloide aguda tem o objetivo de destruir as células leucêmicas para a medula óssea voltar a produzir células normais. Para isso, os pacientes são submetidos a quimioterapia, realizam o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas, além de prevenir e combater a doença no Sistema Nervoso Central — cérebro e medula espinhal. Para alguns casos, ainda é indicado o transplante de medula óssea. 

O tratamento de leucemias é realizado por etapas. A primeira delas é obter a remissão completa dela, ou seja, um estado de aparente normalidade após a poliquimioterapia. No entanto, é necessário a continuação do tratamento para não haver recaída. No LMA, a etapa de manutenção só é necessária nos casos de leucemia promielocítica aguda — subtipo especial de LMA, muito relacionado com hemorragias graves no diagnóstico.

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