Polícia Federal "resistirá à politicagem", afirma secretário André Costa após declarações de Moro

Secretário da Segurança Pública também é delegado da PF e se solidarizou com exoneração do diretor-geral da Instituição

Escrito por Redação ,
Legenda: Secretário André Costa se manifestou nas redes sociais
Foto: Foto: Lucas Barbosa

Após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, e as afirmações do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), André Costa, que também é delegado da PF, se manifestou sobre o assunto nas redes sociais.

André Costa se solidarizou a Valeixo e afirmou que "a Polícia Federal nunca sofreu tentativas de ingerência neste sentido e de tamanho vulto". "Nossa Instituição é mais forte e resistira à politicagem", completou, em publicação feita no Twitter às 12h14 desta sexta-feira (24).

O titular da SSPDS já tinha se posicionado contra a troca do comando da Polícia Federal, na mesma rede social, na noite de quinta (23): "A sociedade e a moralidade pública necessitam que a Polícia Federal siga independente. Para tanto, deve ser preservada a autonomia de sua gestão e do direcionamento das investigações policiais".

Sergio Moro não aceitou a exoneração do diretor-geral da PF, publicada no Diário Oficial da União desta sexta (24), e renunciou ao cargo de ministro. "Tenho que preservar minha biografia e o compromisso que assumi inicialmente com o próprio presidente era o de que seríamos firmes. Um pressuposto para isso é que nós temos que garantir o respeito à lei e à autonomia da Polícia Federal contra interferências políticas", declarou, em coletiva de imprensa.

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O governador do Ceará, Camilo Santana, também comentou as afirmações de Moro, nas redes sociais: "Mais grave que a mudança no Min da Justiça, são os fatores alegados pelo ministro para essa mudança. Órgãos de controle e investigação como a Polícia Federal, devem estar blindados de interferências políticas e atuar sempre com autonomia e isenção, imprescindíveis numa democracia".

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