Maquiadora tem salão de beleza e material de trabalho destruídos pelo ex-companheiro em Aurora

Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o crime de violência patrimonial, previsto na Lei Maria da Penha

Escrito por Redação ,

Uma maquiadora da cidade de Aurora, no interior do Ceará, teve o salão de beleza e o materiais de trabalho destruídos pelo ex-companheiro. Vídeos da invasão foram divulgados nas redes sociais da vítima e já foram vistos por mais de 3 milhões de pessoas. Nesta quarta-feira (23), a mulher e o suspeito foram ouvidos na delegacia do município, que investiga o caso. 

Conforme a publicação da mulher, no último domingo (20) o ex-companheiro dela invadiu o salão, onde também funciona um estúdio de maquiagem, e quebrou móveis, objetos e os produtos que estavam no local. 

Em um dos vídeos postados é possível ver o momento em que o suspeito empurra um móvel e vários produtos são derrubados no chão. Com a repercussão da postagem, a maquiadora criou uma campanha virtual para arrecadar dinheiro para comprar novos materiais e voltar a trabalhar. 

A vítima não registrou Boletim de Ocorrência, mas a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o crime de violência patrimonial, previsto na Lei Maria da Penha

“No caso a vítima, como visto, foi dada ampla divulgação nas redes sociais, é dona de um salão de beleza e o infrator acabou destruindo completamente esmaltes, cadeira giratória, todo o salão de beleza da vítima, gerando a violência patrimonial, prevista na Lei Maria da Penha. Aí você encaixa essa situação no Código Penal, no artigo 163, que é o crime de dano, quando alguém destrói, danifica, inutiliza um bem de outra pessoa. Ele acabou praticando o crime de dano”, afirma o delegado Paulo Ernesto Tavares

O delegado explica que a polícia interveio mesmo sem ser procurada pela maquiadora por causa da natureza do crime. 

“Ela disse que não ia procurar a delegacia de polícia para registrar o fato, mas nós comunicamos que não se trata de um crime que depende do querer da vítima, que não depende de uma representação dela ou de uma autorização para que a gente investigasse e ela estava notificada a comparecer a delegacia sob pena de ser conduzida coercitivamente, tanto ela, como as testemunhas envolvidas no caso”. 

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